São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 1996
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Cortes não reduzem gastos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal quer fechar 70 mil cargos vagos e iniciar o processo de extinção de outros 20 mil cargos até o final deste mês. A medida faz parte da reforma administrativa, mas não irá reduzir gastos.
As informações foram divulgadas ontem pela secretária-executiva do Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado, Cláudia Costin.
Um exemplo de cargo que será extinto é o de massagista, que hoje conta com sete funcionários na administração federal.
Não haverá economia porque os cargos a serem fechados fazem parte de um total de 140 mil que estão vagos hoje -70 mil permanecerão vagos. No caso dos outros 20 mil, os servidores poderão trabalhar até sua aposentadoria.
O governo federal tem hoje 1.400 tipos de cargos. A idéia é reduzir esse número para 126. "Não são funções típicas do Estado", disse.
Entre os cargos que serão extintos, Costin citou os seguintes: lavadeira, massagista, açougueiro, governanta, mensageiro, padeiro, cabeleireiro, zelador, pintor a pistola, armazenista e prelista (impressor que trabalha com prelo).
"Não existe cargo extinto que tenha concurso aberto porque são cargos ridículos", disse o ministro Luiz Carlos Bresser Pereira (Administração e Reforma do Estado).
Cláudia Costin disse que o governo já decidiu pela criação de um PDV (Programa de Demissão Voluntária) para o servidores públicos federais civis, que deverá ser iniciado até o final deste ano.

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