São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 1996
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Skank vai esperar poeta baiano formalizar acusação

CARLOS HENRIQUE SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Os integrantes da banda Skank disseram ontem, em entrevista coletiva em Belo Horizonte, que vão aguardar o poeta baiano Ajax Jorge da Silva formalizar as acusações de que o grupo usou, indevidamente, supostas letras suas.
Só depois, disseram, irão acionar, judicialmente, o poeta.
"Não há nada formalizado e nem sabemos se ele (o poeta) vai entrar na Justiça. Ele já está satisfeito com o espaço que conseguiu. Tivemos de gravar três discos para ter esse espaço", disse o vocalista Samuel Rosa, 30.
O poeta diz ser autor das letras de "Pacato Cidadão", "Esmola", "O Beijo e a Reza", "Te Ver", "Garota Nacional" e "Eu Disse a Ela", assinadas por Amaral e Rosa, e "Te Ver" (também assinada por Lelo Zaneti).
"Se ele acha que a letra é dele, tem de provar. Se perder, entramos com processo por danos morais", disse o empresário do Skank, Fernando Furtado.
Samuel Rosa disse que, em maio passado, antes do lançamento do CD "O Samba Poconé", leu um fax enviado por Ajax da Silva à gravadora Sony, em que ele afirmava ser o autor de letras de músicas do grupo.
"Demos risada. Ele não sabia concordância verbal. Como é que um cara desses vai escrever as letras?", disse Rosa.
"Eu sei que ele não é um poeta, está mais perto de um ator", completou.

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