São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 1996 |
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Menor nota foi para deputados
DA SUCURSAL DO RIO O coordenador da pesquisa da FGV/ISER, José Murilo de Carvalho, 57, disse que "um dado preocupante" do resultado é que as pessoas não confiam naqueles que deveriam simbolizar o respeito e a luta pelos direitos de cidadania.Convidados a avaliar em quem mais confiam, dando notas de 0 a 10, constatou-se que os entrevistados atribuíram a média mais baixa (4) para o deputado em quem votaram. O presidente da República ficou com 5,1. A nota média mais alta -de 8,1- foi dada para "o líder de sua religião". Uma nota que chega a ser mais alta do que as dadas para parentes (7,9), amigos (6,6) e vizinhos e colegas de trabalho (6). Essas notas relativamente baixas, para amigos e vizinhos, teriam relação com o percentual de 60% dos que disseram ter pouca confiança ou nenhuma no brasileiro em geral. Para Carvalho, o mais preocupante é que as pessoas demonstraram não ter muita confiança nas autoridades públicas. O prefeito do município onde mora o pesquisado ficou com 4,1. O patrão ou empregado chega a despertar mais confiança (nota 5,4) do que o líder sindical ou de associação de classe (4,2). Para a pesquisa "Lei, Justiça e Cidadania", foram visitadas 6.873 casas em oito municípios da região metropolitana: Rio, Niterói, São Gonçalo, Magé, Duque de Caxias, São João do Meriti, Nilópolis e Nova Iguaçu. Os moradores responderam a cerca de 200 questões. Texto Anterior: Para carioca, brasileiro é pouco confiável Próximo Texto: Covas e FHC definem fim de presídio Índice |
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