São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 1996 |
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Gugu Liberato é cobra em pele de Santa Maria
BARBARA GANCIA
Gugu Liberato não passa de cobra em pele de Santa Maria e recentemente adquiriu também o péssimo hábito de subestimar a inteligência alheia. A fim de se esquivar da acusação publicada nesta coluna, de que o táxi do Gugu faz atores contratados passar por inocentes passageiros pegos a esmo nas ruas da cidade, em sua carta, o senhor Liberace, digo, Liberato, afirma que o quadro "não vai ao ar há três semanas". Como se isso invalidasse o fato de que se trata de um embuste. Gugu quer me fazer passar por mal-informada, quando, na verdade, o que não tem é coragem de admitir que o quadro não passa de enganação descarada. Por que o telespectador nunca foi informado de que os "passageiros" eram atores contratados pela produção de seu programa? Mais: diz ele que o concurso da dança da garrafa, que citei como exemplo do péssimo gosto dos esquetes que seu programa coloca no ar, "já terminou há mais de um mês". Ora, ora, senhor Liberato. Terminou porque a dança da garrafa saiu de voga. Caso ainda estivesse na moda, aposto meu mindinho como o senhor continuaria a explorar aquelas dançarinas desavisadas e a expor a criançada que infelizmente assiste ao seu programa à baixaria do rebolado "na boquinha da garrafa". Quanto à sua afirmação de que a entrevista com o "menino-lobisomem" foi conduzida com a máxima seriedade, digo apenas que o vi e ouvi pessoalmente repetir ao entrevistado uma pergunta vinda da platéia sobre se o coitado uivava em noite de lua cheia. No mais, por que o senhor não aproveitou sua meiga carta no "Painel do Leitor" para esclarecer outra acusação que está sendo feita na imprensa, de que o senhor estaria apoiando o candidato do PSDB na eleição em troca de favores para conseguir a concessão de um canal de TV? Texto Anterior: Parto e gestação causam 50% das mortes Próximo Texto: Tá boa, santa?; Bolero de Vaclav; Patriotas Índice |
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