São Paulo, quarta-feira, 18 de setembro de 1996 |
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Internação de Ieltsin é prolongada
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O governo russo anunciou ontem que o presidente Boris Ieltsin, 65, ficará no hospital até o final da semana, sendo preparado para uma operação cardíaca.Segundo o semanário "Argumenti i Fakti", Ieltsin teria ficado deprimido e perdido o sono e a fome após o anúncio, no último dia 5, de sua operação. O Kremlin negou que o presidente esteja deprimido e se sentindo pior. Ieltsin foi hospitalizado na sexta-feira passada para exames pré-operatórios de rotina. Anteontem, o Kremlin disse que ele ficaria mais dois dias internado. Ieltsin deve ser submetido a uma anastomose, operação que pode servir para a implantação de uma ponte de safena. O secretário de imprensa presidencial, Serguei Iastrjembski, disse que o líder russo ainda "está fazendo testes minuciosos". Iastrjembski disse que a equipe médica que irá operar Ieltsin deve se reunir entre os dias 25 e 26 próximos. O Kremlin havia afirmado antes que os médicos se reuniriam entre 27 e 29 deste mês. Médicos e a imprensa russa afirmam que o problema de Ieltsin pode ser mais complexo do que a obstrução das artérias coronárias, anunciada pelo Kremlin. Uma TV russa mostrou imagens, sem som, de Ieltsin no hospital com o primeiro-ministro russo, Viktor Tchernomirdin. Vestindo uma camisa branca e um cardigã, o chefe de Estado russo parecia relaxado. Sorria e gesticulava para o premiê. A imagem durou um minuto, e não foi explicada a ausência de som. Tchetchênia O encontro de Ieltsin com o premiê durou cerca de uma hora. Os dois conversaram sobre a greve de 16 mil trabalhadores no extremo leste do país e sobre a Tchetchênia. O secretário do Conselho de Segurança russo, Alexander Lebed, anunciou ontem ter alcançado um acordo de princípios com os rebeldes da Tchetchênia para formar um governo de coalizão. O general russo disse que mais soldados vão se retirar da república separatista. A retirada havia sido suspensa na semana passada. Lebed conversou com o líder dos tchetchenos, Zelimkhan Iandarbiev, e com o chefe do gabinete rebelde, Aslan Maskhadov. Nenhum detalhe do acordo foi divulgado. "Vamos continuar nossa busca por uma paz estável e duradoura", disse o secretário russo em Novie Atagui, ao sul de Grozni, capital tchetchena. As tropas voltam a deixar a região em três dias. Texto Anterior: EUA despacham 3.500 soldados ao Kuait Próximo Texto: Exame de UTI pode prejudicar cardíacos Índice |
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