São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 1996
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FHC atende a pedido de tucano, mas nega vinculação eleitoral

Presidente assina contrato para construção de pólo no Rio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem durante solenidade de assinatura do contrato para a construção do Pólo Gás Químico do Rio de Janeiro que estava cumprindo um compromisso de campanha.
"Não há nenhuma insinuação em relação às atuais. Agora, tudo o que eu faço ou deixo de fazer, os nossos amigos (referência aos jornalistas presentes) registram como se fosse alguma coisa que tenha a ver com eleição municipal. Tem nada. Tem é com o Brasil."
Um dos principais interessados no projeto, o governador do Rio, Marcello Alencar, também rechaçou caráter eleitoral da cerimônia.
"Se fosse interpretado assim, que bom. Teríamos de ter eleições todos os dias, porque isso iria nos estimular a inaugurar todas as obras", afirmou, após o evento.
Em seu discurso, além de agradecer, Alencar aproveitou para lembrar que no dia 24 estará sendo assinada a liberação de recursos federais para o porto de Sepetiba.
A resposta de FHC veio em seguida. "O governador, com esse jeitão de quem não quer nada... e é bom, é bom ter um governador que agradece do jeito que Marcello agradece e pede um pouquinho mais, porque assim também vamos sendo motivados a fazer mais coisas", disse.
O candidato tucano no Rio, Sergio Cabral Filho, está em segunda lugar na última pesquisa Datafolha, atrás de Luiz Paulo Conde (PFL). A construção do pólo a liberação de recursos para o porto integraram a plataforma eleitoral de Alencar em 94.
As obras para a construção do Pólo Gás Químico começam no primeiro semestre de 97 e estão previstas para terminar no ano 2000. O investimento total é de US$ 785 milhões.
Participam do consórcio a Petrobrás e a Rio Polímeros -empresa formada pelos grupos Cia. Suzano de Papel e Celulose, União de Indústrias Petroquímicas S/A e Petroquímica da Bahia.

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