São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 1996
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HC de Ribeirão enxerta pele do couro cabeludo no rosto

Tratamento faz com que as cicatrizes fiquem menos aparentes

DA FOLHA RIBEIRÃO

O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (319 km a norte de São Paulo) apresenta amanhã à noite uma técnica de enxerto do couro cabeludo para reconstituição de queimaduras do rosto.
Ribeirão é uma das poucas cidades no mundo a utilizar essa técnica. São Paulo e Seattle (EUA) também utilizam esse tipo de tratamento, mas em pequena escala.
O tratamento consiste em retirar a parte superficial do couro cabeludo e aplicá-la no rosto.
Segundo o médico Werther Guilherme Marchesan, 58, diretor técnico do Serviço de Queimados do Hospital da Clínicas de Ribeirão, as vantagens do enxerto de couro cabeludo são a textura e a cor bastante similares às da pele do rosto.
Em Ribeirão, essa técnica foi utilizada pela primeira vez há três anos. Desde então, 14 pessoas já receberam enxerto de couro cabeludo em um tratamento que dura aproximadamente seis meses. A partir de agora, o tratamento deve abranger mais pessoas.
Normalmente, os médicos costumam enxertar pele da coxa ou do abdome em queimaduras da face, o que resulta em cicatrizes mais aparentes, devido à textura diferenciada. O couro cabeludo tem menos fibras elásticas e, assim, melhor cicatrização.

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