São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 1996 |
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Prefeitura reabre Pacaembu em obra
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
A reinauguração será domingo, com Corinthians x Botafogo-RJ. Uma arquibancada atrás do gol oposto ao portão principal do estádio, o tobogã, acumula restos de tijolo, pedregulhos, ferro etc. Em 20 de agosto de 1995, com a reforma já em curso, são-paulinos e palmeirenses usaram o entulho desse setor como arma na briga que matou 1 pessoa e feriu 111. Ivo Carotini, secretário municipal de Esportes, afirmou que a prefeitura só tomou a decisão de liberar o estádio em obras porque haverá um reforço de policiamento. "Temos um esquema com o 2º Batalhão de Choque e colocaremos policiais em número suficiente para impedir que as pessoas cheguem ao tobogã." Eleições Partidos de oposição acusaram a prefeitura de antecipar a reabertura do estádio com fins eleitorais. "Coincidentemente, reabrem às vésperas das eleições municipais", disse o deputado Walter Feldman, coordenador da campanha de José Serra (PSDB) à prefeitura. Atrás do gol do portão principal, o Pacaembu ostenta o trevo de corações utilizado na campanha do candidato Celso Pitta (PPB), que tem o apoio do prefeito Paulo Maluf para a sucessão em São Paulo. O desenho do trevo foi feito na grama do estádio. "É uma agressão a um patrimônio dos paulistanos", protestou Walter Feldman. "O trevo é o símbolo de uma gestão e, ainda pior, de uma campanha. Não é um símbolo de São Paulo." "É um ato eleitoral", concordou Otávio Pinto e Silva, advogado do PT. "O uso do trevo está sendo questionado na Justiça comum." Anteontem, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo autorizou a campanha de Pitta a usar o trevo como símbolo. O secretário Ivo Carotini rebateu as acusações de PT e PSDB. "Fizemos tudo com a maior pureza", declarou. "O Pacaembu estava parado desde junho, e era o momento de fazermos a reabertura." Próximo Texto: A reforma no Pacaembu Índice |
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