São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 1996
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'So dei um agarrão no pescoço'

VANDECK SANTIAGO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Gilberto Justo da Silva, 18, que seria o "motivo" do crime, disse que o professor Regivaldo Santos o "cantava", mas que não é homossexual.
Ele diz que estava junto com Santos e o menor J.P.S. quando atraíram Juceline para um matagal, que viu o professor esmurrar a menina, mas que foi embora antes de a menina morrer.
*
Agência Folha - Qual sua participação nesse caso?
Gilberto Justo da Silva - Eu estava na rua, o Regivaldo passou e disse: "Vambora tomar sangue com o diabo". Fui atrás, mas não sabia o que era.
Agência Folha - Você ajudou a matar a garota?
Silva - Só dei um agarrão no pescoço dela. O Regivaldo deu murro nela. Aí, quando estava saindo sangue, ele melou o dedo e passou nos lábios.
Agência Folha - Haji pediu o sangue de uma criança a vocês?
Silva - Não sei disso, não.
Agência Folha - Por que você aceitou participar da violência?
Silva - Sei não. Me deu uma besteira na cabeça, sei lá.
Agência Folha - Santos disse que matou a criança por amor a você.
Silva - Isso é mentira dele. Até namorada eu já tive. Não gosto de homem, não. Ele é quem vivia me 'cantando'.
Agência Folha - Vocês recolheram o sangue da criança?
Silva - Eu não vi isso. Quando eu vi que o Regivaldo e o J.P.S. iam mesmo matá-la, fui embora.
(VS)

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