São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 1996 |
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Acusado de enviar bomba apresenta álibi
OTÁVIO CABRAL
Colnago Neto é acusado de, nessa data, ter mandado um buquê de flores com uma bomba para sua ex-mulher, Rita Scupino, 31. Rita sofreu queimaduras de terceiro grau no peito e nas mãos e de segundo grau no rosto e na virilha. Ele ficou internada 11 dias e teve alta na segunda-feira do Hospital do Tatuapé. A bomba também perfurou o tímpano direito de Rita e feriu outras três pessoas de sua família. Calmon, que trabalha com o acusado na Helvétia Táxi Aéreo, prestou depoimento ontem no 21º DP, na Vila Matilde (zona leste). Relatório O comandante apresentou um relatório de vôo onde consta que ele e Colnago Neto estavam trabalhando na sonda Queirós Galvão 3, no distrito de Copacá (AM), entre os dias 4 e 6 de setembro. "Ele garantiu que no dia 5 de setembro fez cinco vôos entre a base da Petrobrás de Urucu e a sonda", afirmou o delegado José Carlos Alves Viegas, 49. Calmon disse que conhece Colnago Neto desde 1985, quando os dois moravam em Vitória (ES). Ele afirma ter indicado o piloto para a empresa de táxi aéreo. Segundo Calmon, Colnago Neto seria incapaz de cometer o atentado contra sua ex-mulher. O delegado considerou que o depoimento de Calmon "tumultua" as investigações. "O relatório não é oficial, é apenas uma prestação de contas entre a empresa de táxi aéreo e a Petrobrás", afirmou o delegado. "Mas vamos investigar se a informação do comandante é verdadeira." Denúncia Ontem, o juiz Sérgio Aranha, do Tribunal do Júri da Penha, aceitou a denúncia do Ministério Público contra Colnago Neto. Ele vai responder processo por tentativa de homicídio com três agravantes e por lesões corporais dolosas. A denúncia foi apresentada na terça-feira pelo promotor José Carlos Mascari Bonilha, 32. "Mesmo antes de encerrado, o inquérito já fornecia elementos suficientes para denunciar o piloto", afirmou o promotor. Bonilha também reapresentou terça-feira o pedido de prisão preventiva do piloto. Mas o pedido foi negado ontem pelo juiz Aranha. O piloto ficou preso no 81º DP (Belenzinho) até terça-feira, quando foi libertado porque a Justiça negou, pela primeira vez, o pedido de prisão preventiva. Colnago Neto deve ficar em liberdade até o julgamento. Texto Anterior: Hospital das Clínicas desativa 171 leitos Próximo Texto: Polícia acha acusado de matar policial Índice |
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