São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 1996 |
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Mãe diz que diretor do PAS sabia de erro
ROBERTO COSSO
Anteontem, a direção havia informado erroneamente à "FT" que a criança era um menino, Jaime Faustino. A mãe de Jaína, Ilídia Faustino, 26, disse ontem que foi ao posto de saúde com uma cópia da receita logo depois de perceber que o remédio não poderia ser ingerido. "Falei com a assistente social e ela me mandou para o diretor. Ele disse que foi um erro, ficou com a cópia da receita e me deu a vitamina (Deltavit). A médica foi suspensa ontem pelo PAS. O CRM-SP (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) abriu sindicância para apurar os fatos. "A médica ficará suspensa enquanto durar a nossa investigação e a do CRM", disse Everson Possebom da Silva, diretor do módulo de Itaim e São Miguel Paulista do PAS. Ele afirmou que ficou sabendo do erro pela imprensa. "Se ficar comprovado que o diretor do posto já sabia do erro, ele está fora do PAS." Procurada pela reportagem, a direção do posto não se pronunciou. A médica também não foi encontrada. Segundo Célio Levyman, secretário-geral do CRM, a sindicância pode se transformar em processo disciplinar. "Se isso acontecer, a médica vai ser julgada e pode até perder o registro profissional." A menina Jaína mora numa casa de dois cômodos, com os pais -desempregados- e dois irmãos, no bairro Encosta Norte, em Itaim Paulista. O aluguel custa R$ 150, pago com o seguro-desemprego do pai. "Quem descobriu que o remédio estava errado foi uma amiga. Acho que ela salvou a vida da minha filha", disse Ilídia. Texto Anterior: Governador cobra empenho de polícias Próximo Texto: Para FHC, é preciso provocar desequílibrio Índice |
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