São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 1996
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País pode ter novo combustível com metanol, etanol e gasolina

Proposta tem a finalidade de recuperar o Proálcool

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo estuda implantar no país o uso de um novo combustível, o MEG, nome formado com as iniciais de metanol, etanol (ou álcool hidratado) e gasolina.
A proposta foi encaminhada ontem à Cinal (Comissão Interministerial do Álcool) pela AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), ligada à indústria automobilística nacional.
Pela proposta, destinada a recuperar o Proálcool, o MEG teria 7% de metanol, 60% de etanol e 33% de gasolina.
A idéia da AEA é que a credibilidade do Proálcool precisa ser restabelecida no mercado para recuperar as vendas dos carros a álcool.
"Se nada for feito, em 29 anos a frota de 4,5 milhões de carros a álcool estará sucateada e o programa, extinto", disse o presidente do conselho diretor da AEA, Luiz Moan Yabiku Júnior.
Tornando disponível 40% do álcool hidratado -só 60% da produção seria destinada à mistura MEG-, seria possível para a indústria voltar a produzir carros a álcool, eliminando riscos de desabastecimento.
As crises de abastecimento em 89 e 90 provocaram o descrédito do Proálcool. A partir daí, a produção de carros com o combustível entrou em queda acelerada. "Neste ano, só serão fabricados 12 mil carros a álcool", estimou Yabiku. Em 95, foram feitos 46 mil. Os 12 mil representam só 0,75% do total que será fabricado em 96 (1,6 milhão).
A Cinal é formada por técnicos de seis ministérios (Indústria, Comércio e Turismo, Minas e Energia, Agricultura, Meio Ambiente, Fazenda e Planejamento) e da Secretaria de Desenvolvimento Regional.

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