São Paulo, sábado, 21 de setembro de 1996 |
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Pressão da PM rejeita entulho e adia a reabertura do Pacaembu
MARCELO DAMATO
Polícia Militar, Contru e Secretaria Municipal de Esportes reivindicaram a autoria da decisão. Mas todos reconhecem o papel da PM. "Por causa do material que há no tobogã (setor sul) e até dentro do campo, avisamos a secretaria de que não poderia haver jogo com público", disse o tenente-coronel José Vasconcellos Filho, comandante do 2º Batalhão de Choque. "O prefeito Paulo Maluf deu orientação de só liberar o estádio com risco zero", contrapôs o diretor do Contru, Antonio Brito. "O prefeito não tem nada a ver com isso. A decisão é minha", declarou o secretário Ivo Carotini. Até o ex-diretor do Contru Carlos Alberto Venturelli esteve ontem no estádio. "Ele só procurou a luz dos holofotes. Ele é candidato a vereador", atacou Carotini. A Folha ligou para Venturelli, deixou recado, mas ele não ligou de volta até o fechamento desta edição. O conflito de declarações ainda é reflexo da tragédia ocorrida em 20 de agosto de 1995, quando uma briga entre são-paulinos e palmeirense deixou um morto e mais de cem feridos. "Até hoje, carrego isso nas costas", disse Carotini. Foi o próprio secretário quem havia liberado o estádio, na terça-feira, sugerindo que a PM cercasse o entulho. "Ele nunca esteve interditado", argumentou. Mas depois admitiu que suspendeu a publicação da reabertura do Pacaembu ao "sentir insegurança na PM". Vanconcellos Filho voltou a dizer que seus policiais não iriam tomar conta do material de construção que há no estádio. O secretário recuou mais uma vez e voltou a dizer que só vai reabrir o estádio após o fim da reforma do tobogã. Texto Anterior: Assessor de Pelé já admite que o passe livre pode ter 'carência' Próximo Texto: Brasileiros empatam 1º dia na Davis Índice |
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