São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996
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Brasileiro faz especialização há cinco anos

DE PEQUIM

Brasileiro e muçulmano praticante, o médico Ahmed El Tassa estuda medicina tradicional chinesa em Pequim há cinco anos para ampliar o arsenal usado na sua profissão. Quer juntar os recursos da prática ocidental às técnicas tradicionais chinesas.
"A função do médico é recorrer a todas as técnicas que conhece em benefício do paciente", diz El Tassa, 33. "Não podemos seguidor apenas de uma igrejinha".
Em 1986, ele concluiu os estudos de medicina na Universidade de Caxias do Sul (RS) e passou por dois cursos de especialização: acupuntura e homeopatia.
El Tassa começou a clinicar três anos ao terminar a especialização. Em 1989, o último ano do curso de acupuntura feito no Rio de Janeiro, ele quis fazer um aprofundamento teórico. "Foi quando pensei em viajar à China", conta.
Dois anos depois, com uma bolsa de estudos do Brasil, o paranaense El Tassa desembarcava em Pequim, para uma pós-graduação em medicina tradicional chinesa.
"Estudei chinês por dois anos", lembra El Tassa. Depois de passar por esse teste de paciência oriental, o médico ingressou na Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Pequim.
No primeiro ano, estudou teoria e disciplinas como história da milenar medicina tradicional chinesa, que El Tassa classifica como "mais aprofundado" e o atual, como de preparação para a prova de fevereiro, que admitirá El Tassa no curso de mestrado.
Caso não passe, El Tassa volta ao Brasil. "Que eu saiba, sou o único brasileiro estudando aqui há tanto tempo." Ele vai usar o que sabe de medicina ocidental e chinesa.

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