São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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Ex-bancária estrela comerciais de TV
LUÍS PEREZ
"A informática reduz o trabalho manual, mas não o pensante. As pessoas não se prepararam para os novos tempos." Segundo ele, as empresas também têm sua parcela de culpa. "Não estavam preparadas para a abertura de mercado e não investiram em novas tecnologias." Para Macedo, a informática é como uma espécie de "caixa-preta que explodiu". "Antigamente, trabalhar em banco era um bico. Hoje, os bancos estão brigando pelas melhores cabeças das universidades de renome", afirma. Segundo Macedo, o bancário de hoje tem de ser um consultor financeiro. "Ele não pode ser mais um gerente que balança a cabeça quando alguém fala com ele." Foi justamente para fugir do desemprego no setor bancário que Tania Bruno, 36, deixou sua carreira de 15 anos para virar modelo. "Estão mandando muita gente embora", diz a ex-funcionária de instituições como Nacional, Itaú e Bozano, Simonsen. Hoje, estrela comerciais na TV -Papatudo e Casa das Alianças, entre outros. "Como modelo, o trabalho é mais instável, não tenho um fixo todo mês. Mas muitas vezes ganho mais", afirma. Curso gratuito Escapar da sina que persegue os que têm o emprego por um fio não é impossível, mas demanda uma mudança de postura. O melhor caminho, nesse caso, é procurar cursos de requalificação. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e o Ministério do Trabalho criaram um programa. As aulas, grátis, terão início a partir de 15 de outubro deste ano e vão durar dez meses. Os cursos serão dados em 11 cidades de São Paulo: Campinas, Sorocaba, Diadema, Mauá, Santos, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José dos Campos, São Paulo e São Vicente. Simão Barbosa de Matos, 29, desempregado há oito meses, vai cursar informática. "Quero ganhar uma chance de conseguir um novo emprego." Ele trabalhava na linha de montagem da Ford. "Substituíram 153 pessoas por robôs", conta. Onde encontrar - Sindicato dos Metalúrgicos do ABC: tel. (011) 257-4741. Colaborou Carla Aranha Schtruk, da Reportagem Local. Texto Anterior: Correm risco de extinção 5 profissões Próximo Texto: Correm risco de extinção 5 profissões Índice |
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