São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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Vocação para viver em cidades pequenas
MAURICIO STYCER
O livro, lançado nos EUA em 1995 com críticas positivas, procura historiar essa vocação norte-americana a partir de uma pergunta que uma amiga do autor faz a ele após visitar Paris: "'Por que nossas cidades não são assim?" Em primeiro lugar, observa Rybczynski, nenhuma grande cidade européia foi fundada depois do século 16 -e nenhuma norte-americana foi fundada antes. Filho de imigrantes poloneses, nascido na Escócia e formado em Montreal, no Canadá, Rybczynski hoje vive em um subúrbio de Filadélfia, onde ensina urbanismo. Fluente, Rybczynski escreve como se estivesse falando a alunos do primeiro ano da faculdade, o que pode frustrar estudiosos interessados numa análise mais densa dos problemas urbanos dos EUA. Ele mostra como a paixão pelos espaços abertos influenciou positivamente as primeiras cidades norte-americanas planejadas. Também descreve o divertido espanto que Alexis de Tocqueville sentiu ao visitar os EUA em 1831. Conta como nasceu o arranha-céu, o mais típico produto arquitetônico norte-americano, e explica como os shopping centers ocuparam o espaço que pertencia ao centro das cidades (em 92, os EUA tinham 38.966 shoppings). Crítico da arquitetura moderna, Rybczynski defende o modelo de vida nos subúrbios das grandes cidades norte-americanas -onde estaria o melhor dos dois mundos. Opinião não se discute. (MSy) Texto Anterior: Uma história do conforto doméstico Próximo Texto: Poética do exílio Índice |
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