São Paulo, domingo, 22 de setembro de 1996 |
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Chinês tem técnica para aumentar pênis
JAIME SPITZCOVSKY
"Conseguimos salvar a vida sexual de muita gente", afirma o doutor Long enquanto tira da sacola um álbum de fotografias. "E salvamos muitos casamentos também", afirma ele antes de soltar uma gargalhada. Numa das salas de visitas do Hospital Número Um da cidade de Wuhan, o doutor Long abre o álbum e começa a mostrar dezenas de fotos de pacientes antes e depois da operação. Recorre também a imagens da cirurgia para explicar a sua técnica. A técnica pioneira consiste basicamente em colocar para fora a parte do pênis que fica dentro do corpo (veja quadro). A operação leva duas horas, e, em um mês, segundo o doutor Long, o paciente já pode ter uma vida sexual ativa. O cirurgião plástico Long operou mais de 1.200 homens, na China e no exterior. Visitou Estados Unidos e Canadá, mas o Japão representa seu maior mercado externo. "Desde 1991 viajo uma vez por ano ao Japão", diz o médico. "Faço operações e dou conferências." O doutor Long acredita que pênis menor representa menos prazer sexual para as mulheres, e, de acordo com seus estudos, a população feminina asiática estaria mais exposta a esse problema. "Ver de tudo" "Os homens orientais, em geral, têm pênis menor do que os brancos ou os negros", diz. Segundo ele, três anos na África, como médico voluntário enviado nos anos 60 pelo governo chinês, permitiram-lhe "ver de tudo". A história de um doutor Long dono de uma técnica cirúrgica que aumenta o tamanho do pênis em pelo menos 3 cm já percorreu jornais e revistas de 24 países. "Mas são os asiáticos", lembra o médico, "que mostram mais interesse". "Até hoje não registramos um único caso de rejeição ou impotência provocada pela operação", afirma Long. Com a expansão de suas atividades, ele formou uma equipe de oito médicos para dar conta da demanda. Mudanças O doutor Long afirma receber, em média, cem cartas por semana. "Mas não posso mostrá-las, caso contrário estaria desrespeitando a ética no meu relacionamento com os pacientes." Apoiado nas cartas e em sua experiência com os pacientes, o médico aponta mudanças no comportamento da população chinesa. "Muitos homens chegam aqui enviados por suas mulheres, isso seria impossível há alguns anos." Prossegue o doutor Long: "Antigamente as chinesas se conformavam diante de uma vida sexual insatisfatória. Hoje, elas buscam soluções para os problemas conjugais ou até mesmo se separam dos seus maridos ou noivos". A China testemunha expansão no número de divórcios e na prática de relações sexuais pré-casamento à medida que o país se abre a influências estrangeiras e conquista crescimento econômico, com aumento de poder aquisitivo da população. As reformas pró-capitalismo implantadas pelo Partido Comunista desde 1978 fizeram da economia chinesa uma das que mais crescem no planeta. Questionado sobre se seu sobrenome é uma jogada de marketing, Long responde: "Não. Trata-se apenas de uma coincidência com idiomas ocidentais". Texto Anterior: Bater na mulher deixa de ser crime na Itália Próximo Texto: Paciente teve órgão mordido Índice |
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