São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 1996
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Fiesp e Firjan apóiam a reeleição de FHC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DA SUCURSAL DO RIO

Líderes das duas maiores centrais empresariais do país, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), manifestaram ontem apoio explicito à reeleição de Fernando Henrique Cardoso.
O presidente da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, anunciou que vai "ajudar no que for possível" para que a emenda da reeleição seja votada e aprovada pelo Congresso.
As declarações foram feitas durante solenidade sobre a reforma do Poder Judiciário.
Moreira Ferreira justificou seu empenho com base numa pesquisa interna da Fiesp -que seria concluída ontem à noite, segundo Moreira Ferreira-, que indicou a aceitação de 90% dos empresários paulistas à reeleição.
Firjan
Já o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, lançou a proposta de reeleição de FHC durante seminário sobre novos pólos de exportação.
"Somos todos passageiros do Boeing do crescimento econômico pilotado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ministro (Francisco) Dornelles", disse Gouvêa Vieira.
Em seguida, arrematou: "Estou certo de que a sociedade brasileira aguarda com ansiedade a renovação da carteira de habilitação desses pilotos por mais quatro anos".
Dornelles, ministro da Indústria, Comércio e Turismo, participava do evento e não quis comentar as declarações sobre a reeleição. Dornelles é do PPB, partido do prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, candidato a presidente em 98.
O Rio é o segundo maior centro industrial do Brasil, depois de São Paulo. Em termos da produção total do Estado, expressa pelo PIB (Produto Interno Bruto), o Rio disputa com Minas Gerais a segunda colocação nacional.
Gouvêa Vieira justificou sua entrada na campanha pela reeleição afirmando que os empresários do Rio estão convencidos de que "quatro anos é muito pouco" para a reconstrução da economia do Brasil, que, segundo ele, estava muito desorganizada.
"Imperfeições"
Ao responder a uma pergunta sobre se pretendia transformar sua iniciativa em um movimento entre empresários de todo o país, Gouvêa Vieira disse que tem "muito medo dessa questão de manifesto".
No seu discurso durante a solenidade sobre o Poder Judiciário em Brasília, FHC disse que não há nem haverá "grupo de pressão" sobre o Congresso para aprovar emendas constitucionais ou reformas na legislação.
"As reformas não estão paradas, estão andando, numa democracia. O que nós queremos é que elas andem com a convergência de opiniões (...) e que elas não andem, pura e simplesmente, porque se formou um grupo de pressão, com o apoio da Presidência."

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