São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 1996 |
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Equilíbrio geral
JUCA KFOURI Na semana que vem, a esta hora, teremos ultrapassado a metade do Campeonato Brasileiro. Já terá sido disputada a 12ª rodada, e faltarão 11 jogos para cada time cumprir sua cota de 23.Até aqui, o equilíbrio é geral. Difícil dizer quais serão os oito finalistas e os dois que cairão. A situação mais cômoda é do Cruzeiro e do Palmeiras. A mais incômoda é de Bragantino, Criciúma e Paraná Clube. Hoje, estariam classificados clubes com 17 pontos, 6 a menos que o líder, Palmeiras, e apenas 7 a mais que os vigésimos Coritiba e Bahia. Não é forçar a barra, portanto, dizer que há 21 clubes lutando pelas oito vagas, embora também haja pelo menos dez lutando para não cair. Tudo porque não há grande disparidade técnica entre as equipes deste Brasileirão. Tirante o Palmeiras, cujo elenco é evidentemente superior ao dos demais, é lícito supor que o perde-ganha continuará a ser a tônica da competição. Além disso, e ainda não sedimentamos um caldo de cultura suficiente para tratar a novidade, os três pontos por vitória permitem reações como, por exemplo, a do Guarani, apontado como candidato ao descenso nas primeiras rodadas e hoje ocupando o terceiro lugar. Pena que tal equilíbrio tenha se dado por baixo. Verdade que, outra vez, o Palmeiras andou dando belas goleadas -mas nada que se compare àquelas que deu no Paulista. Verdade, também, que o Gre-Nal do domingo foi muito elogiado, a ponto de a torcida colorada ter aplaudido seu time -apesar de derrotado em pleno Beira-Rio! Mas ainda é muito pouco. Os mais otimistas querem ver nos cerca de 40 mil torcedores presentes ao Mineirão e ao Beira-Rio, na rodada passada, um sinal de que a torcida está voltando. Tomara que estejam certos, embora, convenhamos, principalmente o clássico entre Cruzeiro e Palmeiras era para, no mínimo, 80 mil pagantes. Seja como for, se não dá para garantir que a segunda metade da competição deverá ser recheada de grandes espetáculos no país do tetra, certamente emoção não faltará. E muitos torcedores que andam chiando contra seus times, e principalmente contra seus técnicos, poderão ter de engolir mais uma vez -e felizes da vida- as críticas um tanto precipitadas que têm feito. * A rainha Hortência será mamãe outra vez. Texto Anterior: O primeiro; Números, números...; Despedida Próximo Texto: Diretoria do Corinthians exige desculpa de Espinosa Índice |
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