São Paulo, terça-feira, 24 de setembro de 1996
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Partido católico lamenta morte

IGOR GIELOW
DE LONDRES

O Sinn Fein, partido católico ligado ao IRA, lamentou ontem em nota a morte do suposto terrorista durante ação da polícia britânica.
"Nós lamentamos muito a morte na ação e esperamos, sinceramente, que haja espaço para negociação", disse o presidente do Sinn Fein, Gerry Adams.
Ontem, Adams teve o lançamento de sua autobiografia vetado na Casa dos Comuns, a câmara baixa do Parlamento britânico.
Ele deve fazer o lançamento na quinta-feira no Centro Irlandês, em Camden, norte de Londres.
Para Adams, a quantidade de explosivos encontrada significa a "remota chance para paz nos padrões atuais".
Por "padrões atuais" entenda-se o fórum que discute a paz na Irlanda do Norte que não inclui o Sinn Fein justamente devido às ações do IRA. Formado em junho, o fórum se mostrou inócuo até agora.
A assessoria do Sinn Fein em Belfast disse ontem à Folha que há pouca dúvida de que o IRA era o dono dos explosivos achados.
Para o premiê John Major, a ação de ontem foi um "sucesso" único. "Esperamos ter ensinado de uma vez por todas a lição ao IRA e ao Sinn Fein", disse Major.
Para analistas, o ataque desbaratado era esperado. "Quando a cúpula do IRA anunciou sua reunião, dava para prever um grande ataque seguido de cessar-fogo", disse Ken Maginnis, deputado unionista (protestante, a favor da manutenção da Irlanda do Norte como parte do Reino Unido).
(IG)

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