São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 1996 |
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Gravação apressada prejudica
EDSON FRANCO
Inimiga da perfeição, a gravação apressada fez com que os instrumentistas cubanos ficassem um tanto aprisionados aos arranjos criados por Lins e Mario Manga. Não fossem algumas concessões à música caribenha nos arranjos e os solos do Irakere, o disco poderia soar apenas como uma boa retrospectiva do trabalho de Lins. Aos músicos cubanos foi permitido brincar com os adereços. Poderiam ter metido a mão no essencial. O trabalho só teria a ganhar. A única e mais sensível exceção é a versão que o disco traz para "Somos Todos Iguais Esta Noite". Manga cuidou para que os arranjos tivessem forte apelo cubano. E aí a banda deitou e rolou. Mas, no final, a maior virtude do disco é fazer o ouvinte pensar e concluir que as versões definitivas para os clássicos de Lins podem ainda estar por vir. (EF) Texto Anterior: Ivan Lins grava em Cuba com Chucho Valdés e Irakere Próximo Texto: Cidade Negra flerta com rap e ruídos eletrônicos em 'O Erê' Índice |
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