São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 1996
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Filhos gêmeos de Pelé serão prematuros

OTÁVIO CABRAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Os filhos gêmeos do ex-jogador de futebol Pelé, 55, e de Assíria Seixas Lemos do Nascimento, 36, devem nascer prematuros, no início do oitavo mês de gestação.
A confirmação foi dada ontem com exclusividade à Folha pelo médico Roger Abdelmassih, 52, que cuida da gravidez de Assíria.
Segundo o médico, a cesariana de Assíria deve acontecer entre os dias 5 e 15 de outubro, no hospital São Luiz, que fica no Itaim Bibi (zona oeste de São Paulo).
"É difícil uma gravidez gemelar chegar ao nono mês. Ainda mais no caso de uma fecundação 'in vitro', como aconteceu com a Assíria", afirmou Abdelmassih.
Ontem, a mulher de Pelé foi examinada na clínica de Abdelmassih para avaliar a gravidez.
Nomes
O casal sabe desde julho que está esperando um menino e uma menina e já decidiu o nome dos futuros herdeiros: Joshua e Celeste.
O nome da garota é uma homenagem à mãe de Pelé, também chamada Celeste. Já Joshua foi uma escolha da evangélica Assíria. O nome significa Jesus em hebraico.
"Eles devem nascer pesando um pouco menos de 2 kg, o que é normal em prematuros", afirmou.
O médico disse que Assíria teve algumas complicações na gravidez e precisou ficar de repouso a partir do quinto mês.
Na época, quando Assíria estava em Nova York, ela sentiu contrações e precisou ser levada às pressas para um hospital.
Abdelmassih afirmou que, se ela entrasse em trabalho de parto nesse período, provavelmente perderia os filhos.
Segundo Abdelmassih, Assíria já engordou 12 quilos durante a gravidez e só sai de casa, no Guarujá, para fazer exames em São Paulo.
Mesmo se o parto acontecer antes do oitavo mês de gestação, o médico afirma que as crianças não correm risco de vida.
Depois, Joshua e Celeste devem passar cerca de dez dias internados no berçário.
Assíria deve ter alta médica três dias após o parto, mas Abdelmassih acha que ela deve querer permanecer no hospital enquanto os filhos estiverem internados.
Pelé e Assíria foram procurados ontem pela reportagem da Folha, mas não responderam as ligações.

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