São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 1996
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Dívida pode tirar GP do Rio em 1997

Cidade deve US$ 3,5 mi a firma

MAURO TAGLIAFERRI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura do Rio de Janeiro terá de pagar cerca de US$ 3,5 milhões aos organizadores do GP brasileiro da Indy para que a prova permaneça na cidade em 1997.
A exigência é de Jorge Cintra, presidente da Agência Internacional de Marketing e Negócios (Intag), firma promotora da prova.
Segundo ele, a administração carioca deixou de realizar uma série de obras -previstas no contrato que firmara com a Intag- no autódromo de Jacarepaguá para a corrida deste ano, em março.
Entre elas estariam a construção de escritórios para as equipes, arquibancadas móveis, módulos de TV, placar eletrônico e a contratação de seguranças.
Conforme contou Cintra, a Intag acabou incorporando os trabalhos, o que acarretou desembolsar US$ 4,75 milhões. Da quantia, pelo menos US$ 3,5 milhões correspondem às obras que a prefeitura se comprometera a tocar.
Por isso, logo depois da corrida, a empresa pediu ressarcimento ao prefeito. A resposta foi negativa.
"O César Maia (prefeito do Rio) disse que não não havia verba prevista no orçamento. Perguntei o que fazer com o GP de 97, e ele falou que se eu quisesse tirar a corrida de lá não faria diferença para ele", declarou Cintra.
"Se a prefeitura não tomar providências, a prova sairá de lá. Eles têm de pagar o que devem e me dar garantias de que farão as obras necessárias ao GP de 97", completou.
Para que o circuito tenha condições de receber a Indy, o poder público carioca terá de recapear a pista oval para eliminar suas ondulações e para corrigir defeitos na intersecção com o traçado misto.
Além disso, há toda a infra-estrutura para a corrida, como acomodações para as equipes, imprensa e público. No total, o evento custa US$ 18 milhões, divididos entre a Intag e a prefeitura.
Caso a prova deixe mesmo o Rio de Janeiro, sua sede mais provável é a cidade de Itu (92 km a noroeste de São Paulo). Embora a IndyCar não tenha divulgado o calendário de 97, a data mais provável para a etapa brasileira é 11 de maio.
Um grupo de empresários ligados a um shopping da região construiria um circuito oval de três quilômetros, orçado previamente em US$ 20 milhões. Há propostas também das cidades de Curitiba (PR), Goiânia (GO) e Natal (RN).

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