São Paulo, sábado, 28 de setembro de 1996 |
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Rio é mercado de arma pesada
SERGIO TORRES
Relatório da Superintendência da PF no Rio revela que não há no resto do país clientes para os armamentos contrabandeados a partir da fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul e Paraná. Preparado pelo delegado Antônio Carlos Rayol, diretor da PF em Niterói, o documento afirma que a "profusão de armamentos e de quadrilhas audaciosas não se repete em cidades como São Paulo". Com o título "Breves Considerações sobre o Tráfico de Armas e a Criminalidade no Rio de Janeiro", o relatório afirma que a maior parte do armamento que sai do Paraguai chega ao Rio por estradas. As rotas são as mesmas usadas por traficantes de cocaína e sacoleiros que viajam entre Rio e Paraguai para abastecer camelôs com brinquedos e eletrônicos. Lotes de armamentos também chegam ao Rio pelas vias aérea e marítima. Por avião, a origem costuma ser Miami, nos EUA. É, segundo a PF, o meio menos usado. A segunda opção é o transporte marítimo. O embarque seria na cidade do Panamá. "Por mais deficiente que seja, a fiscalização nos aeroportos alfandegados é superior à existente nos armazéns de transporte marítimos, por sua vez muito melhores do que à levada a efeito nas rodovias", diz o documento da PF. No Rio, as armas dobram de preço. O fuzil AR-15 custa US$ 2,5 mil no mercado negro de Pedro Juan Caballero. Quando chegam ao Rio, os AR-15 custam R$ 5 mil. (ST) Texto Anterior: Ministro paraguaio responsabiliza Brasil Próximo Texto: O preço das armas Índice |
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