São Paulo, domingo, 29 de setembro de 1996 |
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Hughes amplia atuação no setor
ELVIRA LOBATO
A operação deixa o consórcio da Globo em situação desconfortável. A Hughes também é sócia do serviço de DirecTV, por meio da empresa Galaxy Latin America. A trajetória da Globo para lançar seu serviço de TV por miniparabólicas tem enfrentado obstáculos. Em 94, quando o grupo Abril já se movimentava para entrar no mercado das miniparabólicas, a Globo tentou viabilizar o projeto usando um satélite PanamSat. O satélite explodiu durante o lançamento, em dezembro de 94. Em agosto de 95, a Globo anunciou a formação do consórcio com a News (de Murdoch), TCI e Televisa, para explorar TV paga por miniparabólicas na América Latina. O consórcio, coordenado por Murdoch, contratou espaço no satélite Intelsat 708, que seria lançado, na China, em fevereiro de 96. Esse satélite também explodiu. Um mês depois, a Intelsat lançou um novo satélite, no qual o consórcio tinha garantia de reserva assegurada por meio de contrato com a Comsat, empresa norte-americana que faz parte da Intelsat. Pouco antes do lançamento, porém, houve uma nova surpresa: Murdoch rompeu o contrato e migrou para a PanamSat, da qual a Televisa era sócia. A Comsat entrou com um processo contra a News na Justiça norte-americana, onde reivindica uma indenização de US$ 250 milhões. Ao passar para a PanamSat, a Globo se viu com mais um problema: o satélite tinha apenas quatro retransmissores ("transponders") livres para o Brasil, o que lhe permitiria transmitir no máximo 40 canais, ao passo que o DirecTV tem capacidade para até 70 canais. A disputa, em termo de número de canais, só poderá ser equilibrada a partir de janeiro do ano que vem, com o lançamento de um novo satélite Panamsat. (EL) Texto Anterior: Consórcio Class muda plano para satélite Próximo Texto: Fundos ainda não perdem para poupança Índice |
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