São Paulo, segunda-feira, 30 de setembro de 1996
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Brasil ganha Grand Prix pela 2ª vez

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção brasileira de vôlei conquistou ontem em Xangai, China, pela segunda vez, o Grand Prix da temporada 96, a versão feminina da Liga Mundial masculina.
É o título mais importante da equipe após a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta.
O time comandado pelo técnico Bernardo Rezende, o Bernardinho, se sagrou campeão após bater a Rússia por 3 sets a 2, de virada (13/15, 12/15, 15/6, 15/2 e 16/14).
Com a vitória, a equipe brasileira levou o prêmio de US$ 250 mil.
Cuba, bicampeã olímpica, terminou em segundo lugar após derrotar as anfitriãs chinesas por 3 sets a 1 (15/5, 15/8, 6/15 e 15/13). Como prêmio, as cubanas receberam o cheque de US$ 140 mil.
Mesmo desfalcado de Ana Paula e Filó, punidas pela Federação Internacional de Vôlei devido aos incidentes que ocorreram após a vitória sobre Cuba, na sexta-feira, o time brasileiro soube superar suas dificuldades na quadra.
"Além de ficarmos sem duas jogadoras importantes para o nosso esquema tático, ainda perdemos Ana Moser, que se contundiu. Mas valeu o esforço do time, que está de parabéns", elogiou Bernardinho.
No jogo de ontem, a equipe russa impôs toda a força de seu ataque nos dois primeiros sets, desarmando o passe do time brasileiro.
Após perder os dois sets iniciais, a seleção brasileira deu sinais de vigor no terceiro e quarto sets.
Com o passe voltando a funcionar e um bloqueio efetivo, o time brasileiro conseguiu interromper a ofensiva russa.
Na decisão do tie-break, a disputa foi acirrada. O time brasileiro chegou a estar perdendo por 13/11. Foi nesse instante que o técnico Bernardinho pediu tempo.
"Disse para as jogadoras que não era preciso mais adrenalina na quadra. Era preciso jogar de maneira fria e calculista. Pedi um time guerreiro e consegui", afirmou Bernardinho.
A seleção russa terminou a competição em terceiro lugar, ficando com o prêmio de US$ 55 mil. A China, quarta colocada, levou o prêmio de US$ 25 mil.
Desgaste
O treinador brasileiro disse que a disputa do Grand Prix deixou toda a equipe estressada.
Segundo ele, além do desgaste após a Olimpíada, a seleção precisou superar os problemas das contusões de Virna, Leila e Hilma.
Aliados a esses, Bernardinho acrescentou o desgaste emocional ocorrido após o jogo contra as cubanas, quando Ana Paula provocou as adversárias assim que a equipe brasileira venceu a partida por 3 sets a 2.
"Não tinha nada que brigar. Nós já havíamos vencido na bola. Foi um erro", disse Ana Moser.

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