São Paulo, segunda-feira, 30 de setembro de 1996
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Alanis Morissetti é a anti-heroína dos anos 90

SYLVIA COLOMBO
DA REDAÇÃO

Não haveria nada de mais numa garota de 21 anos que dialoga aos gritos com uma guitarra distorcida se ela não tivesse surgido num momento tão oportuno.
Alanis Morissette, um dos maiores fenômenos do mercado fonográfico dos anos 90 -seu último disco já vendeu 10 milhões de cópias- está chegando ao Brasil para uma série de shows. Alanis canta nos dias 21 e 22 de outubro em São Paulo, no Olympia e dia 23, no Rio, no Metropolitan.
Alanis surge no cenário pop numa época em que a cultura pop norte-americana persegue o politicamente correto: os filmes escondem o sexo, as drogas já não são a inspiração principal de bandas de rock e grupos de punk são formados por garotos de cara lavada e cabelos curtos -haja visto o mais popular deles, o Green Day.
Alanis representa uma anti-heroína idolatrada pela coragem e pela sexualidade. O visual é neo-hippie e a poesia é marcada pelo conflito espiritual.
Nascida de família católica, passou a adolescência indo à Igreja. Hoje, grava pelo selo de Madonna e já ganhou quatro Grammy.
"Jagged Little Pill" é um conjunto de hits. O primeiro foi "Hand in my Pocket", em que conta como era pobre antes do sucesso. Depois foi "You Oughta Now", que faz referências a sexo oral. "You Learn" é mais uma canção que prega o esforço solitário como fonte de sabedoria espiritual. Musicalmente, o trabalho de Alanis soa típico da geração grunge. Guitarras distorcidas em baladas que viram rock de percussão agressiva.

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