São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997
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Calendário do poder; Dupla favorita; A conferir; Começo do jogo; Margem de segurança; Saia justa; Água morro abaixo; Dança dos números; Prognóstico insuspeito; Disputa pefelista; Leão vermelho; Gato escaldado; Conversa sem futuro; Confiante demais; Saindo para o jogo; Gracinha liberal; Pura maldade

Calendário do poder
Sarney marcou a data da eleição para a presidência do Senado: 4 de fevereiro, uma terça. A eleição na Câmara será depois.

Dupla favorita
Escolher o presidente do Senado antes do da Câmara facilita a vida do senador ACM (PFL) e do deputado Michel Temer (PMDB), candidatos aos cargos. ACM ganha o empenho dos deputados do PMDB. E Temer, o apoio do PFL (se ACM vencer).

A conferir
Um amigo de Sarney diz que ele votará em ACM para a presidência do Senado. Afirma que, se a eleição fosse hoje e se todos os 81 senadores votassem, o pefelista baiano venceria o peemedebista Iris Rezende por 49 a 32.

Começo do jogo
No cronograma de Luís Eduardo Magalhães, 13 de janeiro é a data para votar a emenda da reeleição na comissão especial.

Margem de segurança
Luís Eduardo Magalhães (PFL) deve colocar a emenda da reeleição em votação no plenário assim que obtiver 340 votos favoráveis. São necessários pelo menos 308 votos para que FHC ganhe o presente de seus sonhos.

Saia justa
Na contabilidade governista, hoje, a reeleição para FHC teria 314 votos. Em outras palavras: ainda não há folga suficiente para que a emenda seja submetida ao plenário com segurança.

Água morro abaixo
Os governistas apostam em uma "onda final" para aprovar a reeleição de FHC com folga. Com base em um argumento: poucos parlamentares se atreveriam a votar contra depois que perceberem que a emenda passa.

Dança dos números
Pelas contas de José Genoino (PT-SP), o governo já tem cerca de 310 votos pró-reeleição.

Prognóstico insuspeito
Na avaliação do Diap, a reeleição para os próximos presidentes passa facilmente. Para FHC, o órgão prevê mais dificuldades.

Disputa pefelista
Heráclito Fortes (PFL-PI) é o candidato de Luís Eduardo Magalhães à 1ª vice-presidência da Câmara. O PFL mineiro, que faz beiços à reeleição, aposta em Aracely de Paula. Por fora, corre o deputado Saulo Queiroz (MS).

Leão vermelho
O governo cubano convidou Everardo Maciel (Receita Federal) a ir a Havana. Ajudar na estruturação do fisco comunista. Fidel Castro criou o imposto sobre a renda em abril de 96.

Gato escaldado
Pio Guerra assumiu ontem o Sebrae de boca fechada. Para não correr o risco de dizer bobagens como a comparação racista que fez entre Madonna e Benedita da Silva."Sou um homem de poucas palavras", justificou.

Conversa sem futuro
A esquerda tucana reinsiste com a cúpula em uma aliança preferencial com o PMDB. Para libertar FHC do PFL. O problema é que o interessado não acha que precisa de alforria.

Confiante demais
Para o PMDB, está de bom tamanho se o PSDB indicar seu nome para a chapa de Michel Temer na Câmara e trabalhar pelo peemedebista. "Eles até podem deixar o Wilson Campos concorrer", diz Geddel Vieira Lima.

Saindo para o jogo
Nas posses de prefeitos no Paraná, os assessores de Jaime Lerner (PDT) já convidavam abertamente os políticos locais para conversas sobre a candidatura do chefe a presidente em 98.

Gracinha liberal
Do líder do PL na Câmara, o malufista Valdemar Costa Neto (SP): "Até topo fazer o plebiscito sobre reeleição, mas só se for junto com a eleição de 98. Para reduzir os custos da consulta".

Pura maldade
"Vaccarezza"é a nova gíria para os funcionários comissionados nos gabinetes de vereadores paulistanos. É uma referência ao secretário-geral do PT, Cândido Vaccarezza, que é empregado "fantasma" na Casa.

TIROTEIO
De José Genoino, da ala direita do PT, sobre o secretário-geral petista, Cândido Vaccarezza, ter sido empregado "fantasma" do gabinete de um vereador malufista em São Paulo:
- A ultra-esquerda do PT sempre defendeu o uso de cargos da bancada pelo partido. Agora, não pode usar isso na luta interna atacando o Vaccarezza.

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