São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997 |
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Covas reage contra incentivo ao Nordeste
SILVANA QUAGLIO
"Não gostei dessa medida", disse à Folha. "Eu já fui favorável a outras modalidades de incentivo. Por exemplo, a Sudene, que dava incentivo para o investimento e não para o custo", afirmou Covas. O governador está discutindo com parlamentares tucanos e com empresários paulistas para definir o contra-ataque do Estado. A MP, editada pelo governo há duas semanas, prevê reduções e isenções de impostos para as empresas que se fixarem nessas regiões. Ou seja, o que for fabricado nelas terá custo tributário menor. O incentivo, na avaliação do governo paulista, poderá prejudicar muito a indústria automobilística já instalada no Estado e também os fabricantes de autopeças. Covas afirmou que ainda não falou com o presidente Fernando Henrique Cardoso depois da edição da medida, mas não acredita que o governo recue. Para o governador, a repercussão da medida é negativa para São Paulo e para outras regiões. "Não é à toa que você tem, hoje, o eco disso em uma porção de outros países ou instituições", afirmou. O presidente da Argentina, Carlos Menem, foi o primeiro a reagir negativamente à MP, durante reunião dos presidentes dos países do Mercosul em Fortaleza (CE), em dezembro último. "É evidente que a medida estabelece um tipo de concorrência muito desfavorável", disse Covas. Covas afirmou que São Paulo, enquanto Estado produtor, quer os outros Estados como consumidores -mas, para isso, eles têm de ser produtores também. "Não se trata de querer tudo para nós, mas há várias maneiras de estimular investimentos." Texto Anterior: Seguro não precisa ser pago com IPVA Próximo Texto: BMW terá fábrica no país Índice |
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