São Paulo, sexta-feira, 3 de janeiro de 1997
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Vendas ao consumidor aumentam em 96

CLÁUDIA PIRES
DA REPORTAGEM LOCAL

As vendas diretas ao consumidor tiveram bom desempenho em 96, segundo avaliação da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Só no mês de dezembro do ano passado foram registradas 1.477.176 consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), o que representa um aumento de 27,6% sobre 95.
Em relação ao mês de novembro, as consultas cresceram 20,9%, abaixo da variação sazonal, que ficaria em torno de 33%. No resultado anual, as consultas ao SCPC cresceram 30,7%.
Ainda segundo Aliprandi, o faturamento geral das vendas em 96 deve ter um crescimento de 5% a 7% em relação a 95.
Já as consultas ao Telecheque -representadas principalmente pelos setores de vestuário, calçados e brinquedos- somaram 1.368.878 em dezembro de 96, o que significa um crescimento de 3,8% sobre dezembro de 95.
No total do ano houve um aumento de 18,2% nas consultas ao Telecheque.
O nível de inadimplência continuou alto em 96. Os registros recebidos até o dia 30 de dezembro, referentes a atrasos de 30 dias no pagamento de carnês, somaram 164.872. Isso representa um aumento de 46,8% acima dos dados obtidos no mesmo período de 95.
Para o presidente da ACSP, porém, "a inadimplência já está apresentando uma tendência de queda". O resultado de dezembro de 96 mostra um decréscimo de 4,8% em relação a novembro.
Falências
A grande preocupação da ACSP, de acordo com seu presidente, ainda é o aumento do número de falências requeridas e decretadas.
Esses dados apresentaram queda em dezembro em relação ao mês de novembro, mas ainda registram média anual muito alta.
Foram requeridas 942 falências em dezembro na capital, o que representa queda de 18,7% em relação a novembro. As decretadas foram 125, com queda de 17,7% em relação ao mês anterior.
Já na comparação anual, as falências requeridas tiveram aumento de 41,9% sobre 95. As decretadas cresceram 120,2% em 96.
Aliprandi afirma que 70% desses resultados correspondem às micro e pequenas empresas. "A tributação sobre essas empresas ainda é muito grande e os juros continuam altos", afirma Aliprandi.

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