São Paulo, domingo, 5 de janeiro de 1997
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Questionário ajuda a detectar doença

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um questionário divulgado pelo Conselho Brasileiro de Saúde Prostática vem ajudando homens a detectar mais cedo seus problemas de próstata. Sete perguntas com cinco possíveis respostas permitem soma de pontos que vai de 0 a 35 (veja o teste nesta página).
Quem ficar entre 0 e 7 pontos tem um grau de sintomas considerado leve. Entre 8 e 19 a sintomatologia será moderada e acima disso, é tida como severa ou grave.
É o caso de pessoas que têm a sensação de que não conseguem esvaziar completamente a bexiga, que precisam urinar em intervalos inferiores a duas horas, levantar várias vezes durante a noite ou precisam fazer força para urinar.
Marjo Perez, médico da Santa Casa de São Paulo e membro do conselho de saúde prostática, diz que não há necessariamente uma relação entre sintomas e doenças.
Não quer dizer que as pessoas que tiveram alta pontuação -sintomatologia severa- sejam candidatos a um câncer de próstata ou tenham que fazer cirurgia.
Os sintomas podem ajudar especialmente na definição do procedimento a ser adotado no caso de hiperplasia prostática, que é o crescimento benigno da próstata.
Dependendo do local do crescimento, a próstata pode comprimir a uretra, provocando desconfortos como contenção, incontinência e até dores ou sangramento.
Nesse caso, diz Perez, o que conta muito é a qualidade de vida do paciente. Alguns são aposentados e não se importam de urinar uma vez por hora. Outros se sentirão desconfortáveis tendo que interromper compromissos com frequência para ir ao banheiro.
Diante das diferentes situações, caberá ao paciente e seu médico definirem qual o melhor procedimento. Para muitos casos, o tratamento clínico -com medicamento- será suficiente. Para aqueles que optam pela cirurgia, os especialistas estão combinando a técnica da vaporização com a ressecção endoscópica pela uretra. A combinação evita sangramento e permite que o material retirado seja analisado posteriormente.
Dois anos atrás, o conselho de saúde prostática realizou uma campanha para convencer os homens a se submeterem ao exame de toque retal depois dos 45 anos.
A campanha sensibilizou as mulheres, diz Geraldo de Campos Freire, da Faculdade de Medicina da USP e um dos coordenadores da campanha. Preocupadas, elas estão convencendo seus maridos a procurarem o médico.

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