São Paulo, domingo, 5 de janeiro de 1997
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Poupança tem mais R$ 3,8 bi

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

As cadernetas de poupança fizeram a festa em dezembro em termos de captação líquida. Até 27 de dezembro, informa o Banco Central, os depósitos bateram os saques em nada menos do que R$ 3,8 bilhões.
Só nos bancos que operam carteiras imobiliárias e formam o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), entraram R$ 3,3 bilhões. O restante foi canalizado pela poupança rural (Banco do Brasil, Basa e BNB).
No total, foram R$ 23,2 bilhões em depósitos e R$ 19,4 bilhões em retiradas. A diferença equivale à captação positiva em dezembro de 95, mas, naquela época, houve a transferência, para a poupança, de R$ 2,2 bilhões esquecidos no DER, herança do Plano Collor.
A reação da caderneta, que sofreu contínuo esvaziamento de janeiro a outubro, é atribuído ao avanço de sua rentabilidade diante de outras aplicações.
Isso ocorreu a partir do momento em que o redutor da TR passou a cair 0,10 ponto percentual a cada mês, chegando em dezembro ao piso de 0,85% (sobre a média dos CDBs). Era de 1,3% até junho.
Neste mês o redutor está em 0,97% -ficará estável em 0,95% a partir de fevereiro-, e previa-se certo refluxo na captação. Mas no Banco de Boston, pelo menos, segundo o diretor Fábio Nogueira, a captação manteve-se bem razoável no início de janeiro.
Em dezembro, até o dia 24, os fundos também captaram bem. Os de curto prazo -que tendem a desaparecer com a CPMF- ganharam R$ 1,97 bilhão, e os de 60 dias, R$ 1,75 bilhão.
A entrada foi mais fraca nos de 30 dias (R$ 44 milhões) e de 90 dias (R$ 125 milhões), mas estes sempre tiveram patrimônio líquido relativamente pequeno. (GJC)

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