São Paulo, domingo, 5 de janeiro de 1997
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NBA arremessa cada vez mais de longe

MELCHIADES FILHO
EDITOR DE ESPORTE

A NBA aprendeu a discar de longa distância. Mais longos e difíceis, os arremessos de três pontos são cada vez mais usados pelos jogadores da liga norte-americana.
Os tiros distantes mais de 6,71 m da cesta valem um ponto a mais.
Mas também são um artifício tático para equipes incapazes de furar bloqueios dentro do garrafão -os atletas da NBA estão cada vez mais fortes e altos (as médias deste campeonato são recordes).
Na temporada 93-94, os times da liga arriscaram 9,9 vezes de três pontos. Três anos depois, essa média gira em torno de 18,3.
Trata-se de um aumento de 85%.
A pontaria, contudo, não acompanha o ritmo: era de 33% em 93-94; hoje esbarra em 34%.
Os três pontos foram adotados pela NBA em 79-80 -a primeira cesta foi de Chris Ford, do Boston, hoje técnico do Milwaukee.
Cinco anos mais tarde, a linha foi aproximada da cesta: a distância variava de 7,23 m (na lateral) a 7,25 m (na cabeça do garrafão); agora, está uniformizada em 6,71 m.
O objetivo da NBA era espacejar o jogo, cada vez mais concentrado (e chato) sob as tabelas.
Mas os superpivôs perceberam que bastava atrair a marcação perto da cesta para que os "gatilhos" ficassem livres no perímetro.
Esse artifício foi usado com sucesso pelo Houston do pivô Hakeem Olajuwon. O time foi o mais certeiro de três pontos em 93-94 e 94-95, quando foi bicampeão.
A equipe texana mantém neste campeonato a tradição. Continua quem mais arrisca o arremesso.
A seguir no ranking 96-97 vêm Miami e Atlanta, outros times que contam com grandes pivôs -Alonzo Mourning e Dikembe Mutombo, respectivamente.
Curiosamente, apesar de possuir Shaquille O'Neal, o pivô mais dominante do basquete, o Los Angeles Lakers não tem recorrido a essa tática. Ocupa a 12ª posição entre as 29 equipes da liga.

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