São Paulo, domingo, 5 de janeiro de 1997 |
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Produtos para surfe dão lucro de 80%
FREE-LANCE PARA A FOLHA Um dos mercados que mais cresce com o verão é o de equipamentos e acessórios para surfe.Fabricantes e importadores do segmento esperam um aumento de 500% nas vendas em relação as outras épocas do ano. O entusiasmo dos empresários é tão grande que eles temem não ter produtos para suprir a demanda. "O medo de ficar sem mercadoria me tira o sono", diz Ricky Filho, 31, dono da Dakine, importadora de acessórios para surfistas. A Dakine fornece seus artigos para cerca de 200 lojas em todo país. Com a revenda de produtos, a margem de lucro pode chegar a até 80%. Os produtos mais pedidos são capas, cordinhas, óculos, bonés e capas para prancha. A grande vedete, porém, continua sendo a prancha. "Quando as vendas de prancha vão bem, todo o setor cresce", diz Ricky. O maior problema do segmento é aliar qualidade e produção. O proprietário da fábrica de pranchas Power Age, Sérgio Bulhões, 28, preferiu reduzir a capacidade de produção de sua fábrica em dois terços para não comprometer a qualidade do produto. "É um produto artesanal e pessoal. A fabricação em série prejudica a qualidade e não atende ao estilo do cliente." A empresa fabrica 120 pranchas por mês no verão. A Bessel produz cerca de 250 pranchas por mês, segundo Márcio Domingues, dono. A pranchinha -como é conhecido o modelo tradicional- custa R$ 250, e o pranchão -ou "long board"-, R$ 450. A margem de lucro para revenda é de 30%. O grupo carioca Best Zone pretende produzir 5.000 pranchas de "bodyboard" para o verão. Cada uma custa R$ 160 e pode ser revendida por até R$ 300. Texto Anterior: Aumenta o mercado do vôlei Próximo Texto: Bebidas se locomovem na praia Índice |
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