São Paulo, segunda-feira, 6 de janeiro de 1997
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Maluf quer deixar hoje o hospital

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) quer deixar hoje o hospital Sírio Libanês, onde está internado desde a noite do dia 1º de janeiro.
A equipe médica que o atende, porém, recomenda que Maluf só deixe o hospital amanhã.
O ex-prefeito foi submetido, no dia 2 de janeiro, à uma prostatectomia radical (cirurgia para a retirada da próstata, que estava afetada por um tumor maligno).
Um dos quatro filhos de Maluf, Flávio, disse ontem, após uma visita de meia hora ao pai, acompanhado da mulher e filhos, que o ex-prefeito está "esperançoso" de receber alta hospitalar nesta tarde.
"Ele está bem, o difícil vai ser segurá-lo em casa", disse. Maluf terá de obedecer a um repouso de pelo menos 15 dias, em casa, antes de retomar suas atividades normais.
Visitas
Acatando o pedido de seu médico, Miguel Srougi, Maluf recebeu ontem poucas visitas e restringiu o número de telefonemas.
O prefeito de São Paulo, Celso Pitta, visitou seu antecessor no início da noite, durante uma hora, com sua mulher, Nicéa. Pitta disse que Maluf falou ao telefone com políticos e que acompanhava os assuntos relacionados à reeleição.
"Se um de nós tivesse extraído um dente, não estaria como ele", afirmou o prefeito.
Pitta disse que o PPB está estudando entrar com uma ação contra a convocação extraordinária do Congresso, que começa hoje.
O secretário de governo de Pitta, Edevaldo Alves da Silva, o ex-presidente da Câmara paulistana, Brasil Vita (PPB), o deputado federal Wagner Salustiano (PPB) e o ex-ministro da Saúde Adib Jatene também visitaram o ex-prefeito.
Segundo assessores, Maluf acordou bem disposto, passeou pelos corredores do décimo andar do hospital, onde fica a suíte que ocupa, e leu todos os jornais do dia.
Segundo a assessoria do hospital, Maluf jantou por volta das 19h. Ele comeu canja, salada, arroz, legumes e filé mignon, além de gelatina colorida como sobremesa.

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