São Paulo, segunda-feira, 6 de janeiro de 1997
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Pranchas invadem praia sul-americana

ROBERTO PIERANTONI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Que tal pegar onda ao lado dos maiores surfistas brasileiros e com algumas das estrelas do surfe de todo o planeta? E ainda poder acompanhar bem de perto alguns dos principais campeonatos da temporada?
Tudo isso está a seu alcance. Até o próximo dia 16 de fevereiro acontece a "perna" sul-americana do World Qualifying Series, a divisão de acesso do Campeonato Mundial de Surfe.
São sete etapas em cinco países do continente (Argentina, Uruguai, Peru, Equador e Brasil). Elas reunirão perto de 200 competidores de diversas nacionalidades.
Além de surfar e aprimorar a técnica em tipos de ondas completamente diferentes, quem acompanhar as provas vai conhecer as mais belas praias sul-americanas.
A etapa de abertura do WQS 96 terminou ontem em Punta de Leste. As ondas dessa cidade uruguaia são muito parecidas com as que quebram no Rio Grande do Sul. Geralmente são pequenas, "gordas" (tipo rampa), e a água é muito gelada. Por isso, os surfistas não podem esquecer de incluir sua roupa de neoprene na bagagem.
As mesmas condições rolam em Mar Del Plata (Argentina), onde acontece a segunda etapa do WQS, no próximo fim-de-semana.
A vez do Brasil
Depois é a vez do circo do Mundial de Surfe visitar o Brasil, com etapas nas cidades gaúchas Torres (entre os dias 17 e 19) e Capão da Canoa (24 a 26), e na catarinense Florianópolis (de 28 de janeiro a 2 de fevereiro).
No que se refere a ondas, as praias do Rio Grande do Sul apresentam as mesmas condições encontradas nos países vizinhos. E são excelentes para aqueles que estão em fase de aprendizado ou têm pouca experiência.
A situação muda na praia da Joaquina, que abriga a etapa catarinense. As ondas costumam ser fortes e tubulares, exigindo um pouco mais de prática e técnica. Mas nada que impossibilite a um iniciante desafiá-las.
O mesmo não pode ser dito para a sexta etapa do WQS, já que ela vai ser disputada no oceano Pacífico, mais precisamente na cidade peruana de Punta Hermosa, conhecida por suas grandes e poderosas ondas. Encará-las demanda experiência e uma certa dose de coragem. Realmente, são para poucos.
A última etapa da fase sul-americana no WQS não foi confirmada ainda, mas está programada para acontecer em praia do Equador. Lá as ondas são inconstantes em tamanho e intensidade. Podem quebrar até com quatro metros.
Para quem não quer saber de campeonatos e já tem algum tempo de surfe, a melhor pedida é Fernando de Noronha, onde quebram as melhores ondas do Brasil no período de dezembro a fevereiro.

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