São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997
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Santa Catarina proíbe entrada de gado clandestino no Estado

Portaria disciplina apreensão de animal suscetível à doença

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria da Agricultura de Santa Catarina vai sacrificar ou abater o animal que entrar clandestinamente no Estado, com exceção do gado proveniente do Rio Grande do Sul.
Portaria assinada no final do mês passado pelo secretário Dejandir Dalpasquale visa disciplinar a apreensão de animais suscetíveis à febre aftosa.
Caso os animais apreendidos estejam contaminados, eles serão sacrificados, cremados e enterrados, de acordo com a portaria.
Os animais que não apresentarem suspeita de contaminação serão apreendidos e enviados a frigoríficos registrados no Serviço de Inspeção Sanitária do Estado para abate e posterior distribuição a entidades.
"A portaria é importante. A febre aftosa é um indicador de miserabilidade e de falta de higiene", diz o secretário de Defesa Agropecuária do governo federal, Enio Marques.
Uma portaria do governo federal, que proibiria a entrada de animais clandestinos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina até o final do mês passado, foi suspensa por liminar obtida na Justiça pelo governo do Paraná em 1996.
"Agora, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão baixando portarias semelhantes à federal", diz Marques.
Na opinião do secretário, os dois Estados possuem clima privilegiado, rebanho menor e o trânsito de animais é controlado. Esses fatores, diz Marques, favorecem a erradicação da doença.
O governo federal está preparando um novo projeto para criar regras de acesso de animais de uma região para a outra do Brasil.

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