São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997
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Maluf recebe alta e fala como candidato

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

"Estou com a saúde em ordem e não pendurei as chuteiras. Desejo o bem de todos os outros candidatos que estão se preparando para 98."
Com essa mensagem de candidato, o ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) deixou ontem, às 9h30, o hospital Sírio Libanês disposto a continuar sua campanha contra a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Minha campanha não é contra a reeleição, é a favor da reeleição sem casuísmo, sem tapeação, para os próximos, com uma reforma política ampla", disse.
"A reeleição não pode ser uma nomeação de um presidente já existente, mas uma disputa eleitoral dentro de um quadro pré-conhecido", afirmou.
Maluf disse que os governistas estão "blefando" ao afirmarem que possuem votos para aprovar a emenda. Segundo o ex-prefeito, o governo não tem mais do que 250 votos. "Eles não colocarão na pauta para votar até o fim do mês, porque o que falta ao governo é credibilidade."
"O governo não colocará a emenda da reeleição no plenário no dia 15 de janeiro porque não tem votos. E, se votar em janeiro, perde. O governo está fazendo um esforço muito grande de cooptação espúria, deputado por deputado. Ou seja, estão voltando aos velhos métodos que pensávamos ter extirpado da vida brasileira. Mas assim mesmo (a emenda) não passa porque é um casuísmo para a reeleição de um presidente sem plebiscito, o que é absolutamente antidemocrático."
Congresso
Com relação à posição do PPB na votação para as presidências do Senado e da Câmara Federal, Maluf disse que o partido tem um candidato à Câmara, o deputado Prisco Viana.
No Senado, Maluf disse já ter um acordo anterior e um apoio público ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL). Afirmou que a insistência do governo FHC em dar como certa a vitória de Michel Temer (PMDB) na Câmara só pode ser o resultado de uma previsão de uma "bola de cristal furada".

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