São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997![]() |
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Placa indica nível de poluição de praias
JUNIA NOGUEIRA DE SÁ
O anúncio da medida foi feito ontem no Guarujá (87 km a sudeste de São Paulo) pelo secretário estadual do Meio Ambiente, Fábio Feldmann. As placas serão colocadas em pórticos de metal com 1,80 m de altura, diariamente, pela manhã, e retiradas no final da tarde por monitores da Operação Praia Limpa. São dois tipos diferentes de placa. A de tarja vermelha indica condições impróprias para banho e alerta para o fato de que há grande concentração de esgoto na água do mar. A placa de tarja verde informa que a água da praia está em boas condições. No total, serão 114 placas instaladas nos pontos em que a Cetesb faz coleta de água do mar para que seja analisada. Desses, 51 terão placas vermelhas todos os dias, porque indicam trechos em que a água é sistematicamente imprópria para banhos (veja quadro ao lado). Para chegar a esse resultado, a Cetesb usou dados de análises realizadas nos últimos 11 anos. Em outros 23 pontos, as placas serão sempre verdes, indicando praias em excelentes condições. Nos 40 pontos restantes, a cor da placa vai depender da análise da Cetesb que, segundo Feldmann, passa a ser feita diariamente a partir de agora. Quando houver coliformes fecais acima dos níveis permitidos, a praia receberá a placa vermelha. Polêmica A instalação das placas deve gerar alguma polêmica, porque comerciantes estão pressionando as prefeituras para não perder turistas no verão. Feldmann disse que a Cetesb vai colocar as placas em todos os pontos, "e quem quiser contestar que vá à Justiça". O prefeito de Praia Grande é um dos que já anunciou que não vai permitir a colocação de placas nas praias do município. O secretário Feldmann anunciou também que a Cetesb está se preparando para passar a fazer a análise das condições da areia das praias. Os primeiros resultados dessas análises devem estar disponíveis apenas a partir do próximo ano. Ainda este mês, técnicos da agência ambiental canadense chegam a São Paulo, a convite da Cetesb, que quer conhecer a tecnologia usada por eles para análise da água do mar. A idéia é baixar o tempo entre a coleta e os resultados, que já foi de 96 horas, para cerca de 6 horas. Não há prazo fixado, ainda, para essa mudança. Texto Anterior: Evangélicos saem em escola de samba Próximo Texto: As condições das praias no litoral Índice |
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