São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997
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Inadimplência do consumidor cai em 96

MÁRIO MOREIRA
DA SUCURSAL DO RIO

O índice de inadimplência dos consumidores no varejo caiu em 1996, em comparação a 1995.
No ano passado, o percentual de inadimplência nos pagamentos por cheques foi 2,7%, contra 3,1% em 95. No caso dos cartões, o índice recuou de 3,5%, em 95, para 2,5%, em 96.
Os dados foram divulgados ontem pela Teledata Informações & Tecnologia, empresa operadora do sistema TeleCheque, por meio do qual o comerciante tem acesso à situação bancária do cliente.
Os resultados de 96, embora melhores que os do ano anterior, são piores que os de 94, quando os índices de inadimplência nos pagamentos por cheque e cartão atingiram 1,8% e 1,5%, respectivamente.
Na avaliação do presidente da Teledata, Benito Paret, a redução da inadimplência em 96 está relacionada aos cuidados adotados pelo comércio para evitar calotes, como a instalação de terminais eletrônicos nos caixas para pagamentos com cartão bancário.
Pesou também, segundo ele, o fato de, em 95, muitos consumidores terem adiado pagamentos por acreditar que seus salários subiriam mais que o valor de suas dívidas, em função do Plano Real. Como isso não ocorreu, a inadimplência subiu naquele ano.
Outro levantamento feito pela Teledata apontou que o uso de cheques pré-datados no varejo vem crescendo anualmente.
Em 93, eles representavam 44% das compras com cheque. Em 94, passaram a 53% e, em 95, a 63%. No ano passado, foram usados em 67% das compras.
Para Benito Paret, o gosto do brasileiro pelos pré-datados tem a ver com a simplicidade do mecanismo e com o menor custo em relação ao cartão de crédito.
Atualmente, além das taxas de anuidade, as administradoras de cartões cobram juros de cerca de 10% ao mês.
Em valores totais, os pré-datados cresceram 17% de 95 para 96, saltando de R$ 142,1 bilhões para R$ 166,2 bilhões.
O uso de cheques como um todo no varejo vem sendo reduzido gradualmente desde 93, quando foram emitidos 367 milhões de cheques por mês.
O número caiu para 345 milhões, em 94, 283 milhões, em 95, e 263 milhões, em 96.
Com o menor uso de cheques para o pagamento de mercadorias mais baratas, o valor médio dos cheques subiu de R$ 89, em 94, para R$ 110, no ano passado.

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