São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997
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BM&F negociou R$ 4,8 trihões em 96

SÉRGIO LÍRIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) fechou 96 com um volume negociado de R$ 4,8 trilhões, total que a mantém entre as quatro maiores bolsas do gênero do mundo.
O volume do ano passado foi 60% maior que o de 95, quando a BM&F negociou R$ 3 trilhões.
O patrimônio líquido atingiu R$ 335 milhões e o capital de giro, R$ 310 milhões.
O crescimento do volume operacional se deveu ao controle da inflação, que permitiu o alongamento e a ampliação dos valores dos contratos da bolsa.
Tanto que, apesar de o volume negociado ter sido maior, o número de contratos de 96 foi menor que o do ano anterior: 543 mil contra 607 mil, respectivamente.
Esses são os principais pontos do balanço de 96 feito pelo ex-presidente da instituição, Manoel Pires da Costa, que deixou o cargo ontem, depois de cinco anos no comando.
No seu lugar assumiu Manoel Félix Cintra Neto, presidente do banco Multiplic e que ocupava a vice-presidência da BM&F.
Pires da Costa, que é acionista do banco Patente, não ocupará nenhum cargo na nova diretoria da BM&F, praticamente a mesma de sua gestão.
Juros Com 38,9% do total, os contratos envolvendo índices de taxas de juro continuaram liderando a distribuição do volume de contratos negociados no ano passado.
Em relação ao volume financeiro, as taxas de juro responderam por 62,2% do total.
Mesmo apresentando crescimento de 156% em relação a 95 -315 mil contra 123 mil contratos- o grupo agropecuário ainda teve uma participação pequena no volume financeiro e no total de contratos da BM&F. Respondeu, respectivamente, por 0,06% e 0,2% do total.
Internacionalização O crescimento do volume dos contratos agropecuários, aliás, é uma das metas do novo presidente da BM&F. Outra é a internacionalização do mercado de capitais brasileiro.
"Vamos trabalhar para que os estrangeiros tenham acesso ao nosso mercado e possam dividir o financiamento da produção brasileira conosco", afirmou o novo presidente da instituição, Cintra Neto, que aposta em forte crescimento do mercado de capitais do país.
Segundo ele, os financiamentos no Brasil por meio do mercado de capitais ainda são tímidos. Respondem por 4% do total de financiamentos do país.
Nos EUA, o mercado de capitais responde por 80% do total de financiamentos.

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