São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997
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Livrarias virtuais travam guerra na rede

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Comprar livros pela Internet até pouco tempo atrás era uma mania de poucos.
Hoje se tornou um negócio rentável em rapidíssima expansão, o que faz com que a rede esteja vivendo uma verdadeira guerra entre livrarias virtuais.
O resultado termina beneficiando o usuário com preços mais baixos e maior rapidez na entrega.
O grande charme dessas livrarias costuma ser um enorme catálogo pesquisável rapidamente on line, a possibilidade de pagar com cartão de crédito internacional e receber os livros em casa.
A não ser que o comprador brasileiro opte por entrega expressa, a compra via Internet sempre fica mais barata do que comprar um livro importado por uma livraria comum com seu caríssimo "dólar-livro".
Nas livrarias existentes em vários países, inclusive no Brasil, é possível pesquisar on line catálogos de livros em inglês, alemão, holandês, espanhol e português.
Em francês, pode-se se pedir por e-mail uma pesquisa e comprar em seguida.
1,1 milhão de livros
Uma das pioneiras, a norte-americana Amazon faz alarde de sua listagem de 1,1 milhão de livros, que faria dela a maior livraria do mundo.
A Amazon recebeu uma alfinetada de sua rival BookServe em uma reportagem recente no "The New York Times". Um trecho da reportagem foi prontamente citado em local de honra na home page da BookServe.
Ao tentar adquirir um livro obscuro pela Amazon -um guia turístico do Caribe de 1988-, o comprador recebeu por correio eletrônico uma mensagem de que pagaria US$ 7,95 de correio para receber um livro de US$ 10,95. Outro e-mail avisou depois que o livro demoraria de quatro a seis semanas para chegar; e ainda depois desse, outra mensagem dizia que o livro não estava mais disponível.
Metade do preço
Já na rival BookServe foi possível receber o mesmo livro três dias depois, pela metade do preço de remessa. Apesar disso, a revista "Time" colocou a Amazon como um dos dez melhores sites de 1996. O próprio chefão da Microsoft, Bill Gates, declarou que compra livros por esse endereço.
US$ 23 milhões em vendas
O jornal "The Seattle Times" -Seattle é a cidade-sede da Amazon- lembrou que as vendas mensais de todos os sites na World Wide Web, em setembro de 94, não passavam de US$ 1 milhão; um ano depois somavam mais de US$ 23 milhões.
Os catálogos, em geral, trazem apenas detalhes básicos, como o nome do livro, o autor, a editora e o preço. Mas a concorrência faz com que cada vez mais apareçam sinopses de obras, muitas vezes fornecidas pelas editoras.
Os descontos de até 40% no preço de capa estão se tornando comuns nos EUA.

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