São Paulo, quarta-feira, 8 de janeiro de 1997![]() |
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Tráfico ocorre junto a palácio
IGOR GIELOW
Javier, 40, que pediu para não ter o sobrenome revelado, é um dos pequenos traficantes que atuam ao lado do palácio. Ele trabalha em uma pequena agência de turismo, vendendo pacotes turísticos (viagem para Cuzco, com hotel em cinco dias, fica por US$ 300). Ele recebe US$ 20 por cliente obtido. Mas é insuficiente, diz, para complementar os 800 soles (cerca de R$ 300) que ganha mensalmente. "Tenho de dar de comer para meus dois filhos", diz. Para tanto, oferece cocaína e maconha, a US$ 150 e 50 soles (R$ 20) a onça, respectivamente. E mulheres, em atividade que lhe dá 10% de cada programa efetuado. As prostitutas ganham, em média, US$ 50 por saída na região. O contato é feito nas ruas laterais do palácio onde trabalha o presidente Alberto Fujimori, sob a vista dos soldados que guardam as calçadas. Há dois blindados junto à saída da ponte do rio Rimac -que dá acesso ao distrito homônimo. É para Rimac, região paupérrima, que os interessados em comprar drogas ou fazer programas são encaminhados pelos "guias". Javier também é taxista. Em Lima, basta um adesivo escrito "táxi" no pára-brisa para exercer a função. "O melhor seria trabalhar só com o carro, mas não dá mesmo", afirma. (IG) Texto Anterior: MRTA mantém elo com traficantes Próximo Texto: Guerrilha peruana faz dois disparos Índice |
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