São Paulo, quinta-feira, 9 de janeiro de 1997 |
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Fracassa volta ao mundo em balão
LUCIA MARTINS
Branson, dono do grupo Virgin, pretendia dar a volta ao mundo em cerca de 20 dias no que ele afirma ser a maior aeronave do tipo. O projeto foi avaliado em US$ 3,4 milhões. "Problemas técnicos fizeram com que eles tivessem de descer de maneira arriscada, mas ainda não sabemos a natureza desses problemas", disse ontem Mike Lendrick, diretor do projeto. O empresário e mais dois tripulantes (Per Linstrand e Alex Ritchie) começaram a viagem na manhã de anteontem em Marrakech (Marrocos). O local foi escolhido por causa das boas condições meteorológicas. Em janeiro do ano passado, a primeira tentativa já havia sido cancelada por causa das previsões desfavoráveis. Mesmo com o bom tempo, na manhã de ontem, eles foram obrigados a fazer um "pouso forçado" na cidade de Bechar (a 70 km da fronteira da Argélia com Marrocos). "Estou feliz de estar vivo", disse Branson, 46, após o pouso. O roteiro previsto era: Marrocos, Argélia, Líbia, Egito, Arábia Saudita, Irã, Afeganistão, Paquistão, Índia, Hong Kong, Japão, Pacífico, América do Norte e Londres. A assessoria de imprensa da Virgin afirmou que ainda não sabe se Branson terá tempo para fazer uma segunda tentativa este ano. Acredita-se que o empresário milionário tenha perdido muito dinheiro com o fracasso do projeto. Ele teria feito apostas com vários amigos de que conseguiria completar a viagem no balão. O grupo Virgin reúne uma cadeia de lojas de CDs e discos (Virgin Megastores), uma rede de cinemas (MGM), hotéis, tem participação em uma empresa aérea (a linha aérea Virgin Atlantic) e refrigerantes (Virgin Cola). Em maio deste ano, o grupo anunciou a entrada no setor de TV paga por satélite e, no início de dezembro, abriu a Virgin Noivas, um supermercado para noivos onde é possível fazer desde a compra do vestido até organizar a festa. Texto Anterior: Carro-bomba deixa um ferido em Madri Próximo Texto: Justiça inicia análise de suicídio assistido Índice |
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