São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 1997
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Fuvest termina com abstenção de 4,67%

AUGUSTO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

A segunda fase da Fuvest (Fundação Universitária para o vestibular) terminou ontem com o exame de matemática. O índice de abstenção total foi de 4,67%.
"As ausências foram baixas em todas as provas este ano, oscilando entre 4% e 6%", diz José Atílio Vanin, vice-diretor da Fuvest.
Ele ressalta que, entre os treineiros (inscritos que não terminaram o 2º grau), a abstenção caiu bastante em relação a 96. "Ano passado, chegou à 35%. Este ano ficou por volta de 20%."
A prova de matemática foi classificada como de nível médio pelos candidatos, que começaram a deixar as salas às 16h.
"A prova estava bem mais fácil que a de física. Das dez questões, eu respondi nove. Deixei em branco apenas a 7, sobre geometria analítica. Estava difícil achar o centro da circunferência", diz Guilherme Verhalen, 18, que presta engenharia elétrica.
A mesma questão foi considerada difícil por outros candidatos. "A única coisa de matemática que eu sei bem é geometria analítica, mas essa questão eu não consegui fazer", diz Caio Fontana Corrêa, 19, que tenta administração.
Ele acha que faltaram dados para a resolução da questão. Já Arthur Tofani, 18, candidato a engenharia elétrica, afirma que o enunciado não estava claro.
Prestando a Fuvest pela segunda vez, David Eduardo Celemencki, que tenta engenharia de produção, compara o exame com o do ano passado. "Este ano não houve questão 'cacetada'. Já em 96, podia listar algumas superdifíceis."
Ele diz que sabia o assunto de todas as questões. "A prova de matemática nunca é fácil, mas dava para resolver todas."
Ricardo Bruno, 17, que tenta administração, diz que não se saiu bem, pois não fez cursinho. "Não estava difícil, mas não me lembrava muito bem do que tinha visto no colégio", explica.
Questões clássicas
Para Gregório Krikorian, coordenador de matemática do Colégio Objetivo, a prova atingiu sua meta. "Concordo com a exigência de temas específicos, pois é voltada para a área de exatas."
O professor diz que o nível de dificuldade é de médio para difícil. "É uma prova adequada para um aluno bem preparado. Exige conceitos, visão espacial e manipulação do fenômeno, como na questão de análise combinatória."
Quanto à questão 7, de geometria analítica, que muitos candidatos acharam difícil, ele comenta: "Exige um conhecimento corriqueiro. Não é difícil, é clássica. Está dentro do programa".
Outra questão clássica, citada por ele, é a 10. "Envolve geometria com desenho, construção com régua e compasso."

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