São Paulo, sábado, 11 de janeiro de 1997
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Muller ganha liminar e segue em luta jurídica com São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

A guerra jurídica entre São Paulo e Muller continua. Anteontem à noite, o ministro Wagner Pimenta, corregedor do Tribunal Superior do Trabalho, cassou a liminar concedida ao clube paulista pelo juiz Argemiro Gomes, do Tribunal Regional do Trabalho.
O São Paulo, após ter entrado com um mandado de segurança, havia conseguido cassar a primeira liminar concedida a Muller, pelo juiz Rafael Pugliese Ribeiro.
O advogado do jogador, Heraldo Luis Panhoca, conseguiu anular a liminar favorável ao São Paulo alegando que um profissional não pode ser obrigado a permanecer na empresa se romper corretamente o contrato de trabalho -no caso, pagar a multa prevista pela rescisão contratual.
Para o advogado de Muller, a liminar que havia sido concedida ao São Paulo foi inédita.
"Na história universal do direito do trabalho, é a primeira vez que um juiz reintegra o empregador ao empregado", disse.
Invalidada a liminar do juiz Argemiro Gomes, o processo volta ao juiz Rafael Pugliese Ribeiro.
O advogado do São Paulo, José Paulo Leal, achou a cassação da liminar uma "decisão parcial".
"Na prática não muda nada nem afeta os interesses do São Paulo. É uma pequena batalha da guerra".
O time
O técnico Muricy Ramalho, sabendo que não terá contratações, começou a armar o time para a estréia no Rio-São Paulo, no próximo sábado, contra o Fluminense.
A equipe será testada na terça-feira, em jogo contra o Boca Juniors, da Argentina, no Morumbi.
Muricy descartou aproveitar Muller na partida, mesmo o jogador tendo se colocado "à disposição" do treinador. Segundo o técnico, o atacante não participou dos trabalhos físicos a que se submeteram os outros atletas do time.

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