São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 1997
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Campanha na TV custará R$ 2 mi

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

O custo da campanha publicitária sobre reeleição, que começou a ser veiculada no último final de semana, é estimado em R$ 2 milhões pela DM9 Institucional, uma das duas agências responsáveis pelos anúncios.
A campanha está sendo bancada por duas fundações, os institutos Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, e Tancredo Neves, do PFL.
Por enquanto, as fundações aprovaram apenas a primeira fase da campanha, a que está sendo veiculada, porque não dispõem da totalidade dos R$ 2 milhões, segundo Geraldo Walter, sócio da DM9 Institucional e principal responsável pelos anúncios.
O Instituto Tancredo Neves pretende fazer uma campanha junto aos militantes e filiados do PFL para obter recursos para bancar a campanha, informou o seu presidente, deputado Vilmar Rocha (PFL-GO).
No ano passado, o orçamento do instituto foi de cerca de R$ 500 mil, exatamente o valor da primeira fase da campanha. "O orçamento deste ano poderá ser maior porque o total depende das contribuições voluntárias", disse ele.
Elas são financiadas parcialmente com recursos repassados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por meio dos partidos, além de receberem contribuições de deputados e senadores.
Sem chantagem
Até 1994, as fundações dos partidos também recebiam dotações do Congresso, mas isso acabou, segundo Rocha.
Ele discorda das críticas de que a campanha faria uma espécie de chantagem: sem reeleição, o Real correria riscos.
"O PFL está apenas defendendo o que acredita. Nós achamos que a estabilidade econômica depende de estabilidade política e de continuidade administrativa."
A série de quatro anúncios da campanha foi criada pela agência DM9 Institucional, a mesma que trabalhou nas campanhas do presidente Fernando Henrique Cardoso e do candidato (derrotado) do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra.
Também a Salles DMB&B participa da campanha. Nenhum político aparece na campanha, cujo símbolo é, de novo, uma mão, numa referência implícita ao símbolo da campanha para presidente de Fernando Henrique Cardoso, em 1994. Desta vez, é uma mão, pintada de verde e amarelo, fazendo um "V" de vitória.

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