São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Número de matriculados no Ceará sobe 16,3%

DANIELA FERNANDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ceará conseguiu colocar 229,4 mil novos alunos nas escolas em 1996 -o equivalente a um crescimento de 16,3% em relação a 1995.
O número de alunos matriculados na rede pública cresceu 15,4%, e na particular, 20,3%.
O trabalho dos agentes comunitários de saúde é apontado como o principal responsável pelo avanço no número de crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos que passaram a frequentar escola no Ceará.
"O aumento do número de matrículas de 1995 para 1996 foi mais de dez vezes maior do que o crescimento populacional. O Ceará está reagindo positivamente ao problema da baixa escolaridade e os agentes de saúde são responsáveis por boa parte desse sucesso", disse o secretário da Educação do Ceará, Antenor Manoel Naspolini.
Em novembro de 1995, os 8.500 agentes de saúde que atuam no Ceará visitaram as casas dos municípios em que o programa está funcionando perguntando quantas pessoas entre 7 e 17 anos eram analfabetas, quantas não estudavam e quantas estavam atrasadas.
Segundo a Secretaria da Educação do Ceará, 83% das residências do interior foram visitadas pelos agentes. Os dados levantados foram passados aos municípios com o nome e o endereço das crianças que estavam fora da escola.
"Durante a coleta de dados, os agentes já faziam um trabalho de conscientização com os pais, explicando a importância de os filhos frequentarem a escola", afirmou Naspolini.
No Distrito Federal, onde o crescimento no número de alunos matriculados no 1º grau foi de 3,38%, o programa da "bolsa-escola" é apontado como um dos principais responsáveis pela volta de crianças que estavam sem estudar.
Os pais que comprovam que a renda per capita mensal da família é igual ou inferior a R$ 50 e cujos filhos entre 7 e 14 anos têm 90% de frequência recebem do governo um salário mínimo por família.
No Rio Grande do Norte, embora o crescimento das matrículas entre 1995 e 1996 tenha ficado abaixo da taxa de crescimento populacional, a expectativa da Secretaria da Educação é que haja um acréscimo em 1997 de 10%.
Em Natal e em cinco municípios do interior, está sendo feita chamada escolar para que todas as famílias com crianças em idade escolar obrigatória (entre 7 e 14 anos) se matriculem.
(DF)

Texto Anterior: Cresce número de alunos no ensino básico
Próximo Texto: Alunos 'somem' da rede pública em SP
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.