São Paulo, quinta-feira, 16 de janeiro de 1997
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Dívida com PAS chega a R$ 13 mi

Cooperativas apontam calote da prefeitura

DA FT

Só no primeiro mês da gestão de Celso Pitta, a Prefeitura de São Paulo já deixou de pagar R$ 12,9 milhões às cooperativas do PAS (Plano de Atendimento à Saúde).
A verba não estaria sendo repassada desde novembro. A dívida do PAS com os fornecedores chegaria a R$ 30 milhões.
O secretário municipal de Finanças, José Antonio de Freitas, afirmou anteontem que a prefeitura repassou R$ 25 milhões ao plano entre os dias 8 e 10 e repassará R$ 30 milhões dia 24 -o que totaliza R$ 55 milhões.
Levantamento feito pela FT com base nas informações divulgadas pela Secretaria Municipal da Saúde no "Diário Oficial do Município" de 7 de janeiro mostra que o repasse deveria ser de R$ 67,9 milhões.
O cálculo do valor do repasse é feito pela multiplicação da população potencialmente cadastrada de cada módulo por R$ 10,96 (o que soma R$ 55,1 milhões), mais verbas extras para os módulos que mantêm hospitais de atendimento especializado (R$ 12,8 milhões).
Pendências
Freitas foi procurado na tarde de ontem, mas não retornou as ligações. O coordenador de comunicação do PAS, Orlando Magnoli, disse ontem que o secretário da Saúde, Masato Yokota, e o secretário de Finanças "sentarão para discutir possíveis pendências até o final do mês".
Ele afirmou que os pagamentos aos fornecedores estão atrasados em cerca de 15 dias, mas garantiu que o fornecimento de produtos e serviços às 14 cooperativas do PAS não está sofrendo nenhum tipo de restrição.
Anteontem, o secretário da Saúde havia afirmado que "as condições só vão melhorar em fevereiro, com o recolhimento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)".

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