São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
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Internet torna viagens fáceis e baratas

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Executivos estão aderindo ao mundo virtual na hora de planejar seus roteiros de viagens de férias ou de negócios.
Um exemplo são os programas de viagem que, quase sempre, trazem a foto do quarto do hotel. É uma boa forma de evitar surpresas desagradáveis antes de confirmar a reserva.
"O tempo é ganho com a melhor programação dos trajetos possíveis", diz o administrador Sérgio Zeiger, 46, sócio do BK Designer. No final do ano passado, Zeiger passou uma semana em Paris, conciliando lazer com uma viagem de trabalho. O roteiro foi totalmente traçado pela Internet.
"Passei por ruas que nunca tinha andado, encontrei menus interessantes em restaurantes e, com certeza, ganhei tempo", diz Zeiger.
"Navegando" pela rede, os executivos encontram ainda opções diferentes para serem visitadas.
Apaixonado por mergulho, Edward Van Hellmontt, 39, gerente de operações do Makro, conta que, traçando seu roteiro de viagem, descobriu locais na Holanda onde é possível mergulhar em cavernas.
"Não sabia disso, apesar de ter morado no país por 18 anos", afirma o holandês Hellmontt.
Os roteiros da Internet permitem fugir dos tradicionais pacotes de viagem e até economizar na conta.
Thomas Viertler, gerente de marketing de canal da Microsoft, planejou seu roteiro de viagem para Orlando com os sites da Internet.
Ele conta que, na rede, encontrou a localização de todos os parques da região, com horários de funcionamento e preços; clicou nas outras opções de diversão (escolheu o estúdio da Universal e shoppings), selecionou hotéis e carro para alugar.
Com todos os dados na mão, ele foi a uma agência de viagem que fez as reservas.
Na ponta do lápis, ele calcula que a viagem valeu a pena. "Tenho um amigo que gastou US$ 1.800 por um pacote de uma semana ao local. Gastei US$ 1.600 por pessoa, com aluguel de carro, hotel quatro estrelas e fiquei dois dias a mais", diz Viertler.
Com o roteiro traçado, são poucos os executivos que ousam comprar passagens aéreas ou pagar alguma reserva pela rede mundial de computadores.
São dois os problemas: há o temor quanto à confiabilidade total do sistema na hora de digitar o número do cartão de crédito. E, nem sempre, as empresas aceitam cartões de crédito emitidos fora dos Estados Unidos. "A rede ainda é muito voltada para o usuário norte-americano", diz Viertler.

Sites: www.travelocity.com; www.instantair.com; www.fodors.com; www.vtourist.com/vt/; www.city.net; www.totalny.com; www.parisnet.com

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